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CUFA realiza entrega de 500 mil chips nas favelas de todo o Brasil

A viabilização da instalação desta infraestrutura de conectividade e da curadoria de conteúdo disponível na plataforma é possível por conta de parcerias firmadas com empresas

Ação faz parte do programa Mães da Favela ON, o maior projeto de conectividade em favelas já feito no Brasil, que objetiva conectar 2 milhões de pessoas até julho de 2021

Após o lançamento simbólico da ação na Rocinha (RJ) e Heliópolis (SP) em setembro, a Central Única das Favelas (CUFA) inicia oficialmente a entrega de 500 mil chips de celular nas quase 5 mil favelas atendidas pela organização em todo o Brasil. A ação configura o projeto como a maior plataforma de conectividade já viabilizada em todo o país e objetiva o combate ao isolamento digital nestes territórios, a partir da conexão de 2 milhões de pessoas até julho de 2021. 

Para a chegada dos chips às Mães cadastradas no programa Mães da Favela, a CUFA comandou uma operação logística reforçada com os líderes dos 26 estados do país mais Distrito Federal, usando o seu poder de mobilização e capilaridade para fazer que a conectividade chegasse às áreas de mais difícil acesso e a quem mais precisa.

“A força de articulação e alcance da nossa rede já se mostrou um grande ativo nos momentos mais desafiadores da crise pela qual passamos. Agora, ao falar de inclusão e retomada econômica e educacional, é hora de usar a nossa capilaridade para fazer os recursos chegarem rapidamente à base da pirâmide”, explica Celso Athayde, fundando da CUFA e idealizador do projeto.

A viabilização da instalação desta infraestrutura de conectividade e da curadoria de conteúdo disponível na plataforma é possível por conta de parcerias firmadas com empresas como: Alô Social/TIM, Surf, PicPay, TikTok, O Boticário, VR Benefícios, Península Participações, Volvo, Comunidade Door e Banco Santander, além das fundações Tide Setúbal e Casas Bahia e dos institutos Humanize, Galo da Manhã e Instituto Unibanco. A coordenação da curadoria e chancela do projeto fica por conta da UNESCO, que apoia o Mães da Favela desde a sua criação.

Para Renato Meirelles, Diretor do Data Favela/Locomotiva, a iniciativa colabora com a garantia do direito à educação nas favelas, que não está sendo cumprido por falta de acesso à internet. “Hoje, mais da metade dos estudantes que vivem em favelas afirmam não estar assistindo aulas à distância neste período e as principais justificativas são a falta de aparelhos adequados e velocidade de conexão insuficiente. Neste sentido, o Mãe da Favela On coloca o tema no centro da discussão e oferece a solução. 

“Manter as famílias conectadas é uma necessidade de sobrevivência. Nos piores momentos de crise, a conectividade permite que quem mais precisa seja mapeado e que a ajuda chegue rapidamente. Nos momentos de retomada, é ferramental para que a população destes territórios se erga novamente e possa colocar sua potência de realização de novo em ação”, explica Celso.

Sobre o Projeto Mães da Favela

No programa é feita a distribuição de cestas básicas, físicas e digitais, nas mais de 5 mil favelas onde a CUFA tem atuação. A seleção das mães é feita pelas lideranças regionais da instituição, de acordo com a priorização por necessidade, e consolidada pela tecnologia de reconhecimento facial, que garante que o benefício seja pessoal, intransferível e que chegue a quem mais precisa. Para dar conta de atender os lugares mais remotos do país, os centros de formação da CUFA foram transformados em grandes centros de distribuição Brasil afora.

A Central Única das Favelas (CUFA) lançou, em abril (logo no início da pandemia da COVID -19 no país), o programa Mães da Favela, parte do projeto “CUFA Contra o Vírus”. O objetivo era amenizar os impactos do isolamento social e econômico para milhões de mães solo moradoras de favela de todo o Brasil. O trabalho foi focado nas mães porque são as pessoas que têm maior quantidade de responsabilidade dentro de uma residência e, nas favelas, muitas dessas são chefes de lares, estão com os filhos fora da escola e, de alguma forma, perderam os meios de sobrevivência em função da crise.

Foram mobilizados colaboradores e voluntários em todo o território nacional para montar as cestas, a partir das doações de empresas parceiras e de pessoas físicas. Ao longo do processo, e em contato com a realidade dessas mulheres, chegou-se a conclusão que essas mães precisavam de outros itens para manter seus lares, como gás, fraldas e produtos de higiene e limpeza, por exemplo. Então, para complementar a ajuda, foram feitas parcerias e começou-se a distribuir “Vales-Mãe” – cartões carregados com o auxílio de R$240 e aceitos em comércios de todos os portes e em todos os lugares do país. Esta etapa do projeto já impactou mais de 4,7 milhões de pessoas, em favelas de todo o Brasil.

Sobre a CUFA

A CUFA promove atividades nas áreas da educação, lazer, esportes, cultura e cidadania, como grafite, DJ, break, rap, audiovisual, basquete de rua, literatura, além de outros projetos sociais. Além disso, promove, produz, distribui e veicula a cultura hip hop através de publicações, discos, vídeos, programas de rádio, shows, concursos, festivais de música, cinema, oficinas de arte, exposições, debates, seminários e outros meios. São as principais formas de expressão da CUFA e servem como ferramentas de integração e inclusão social.

Entre os principais projetos da instituição destacam-se o Hutúz Rap Festival, maior evento de hip-hop da América Latina, a LIBRA, Liga Internacional de Basquete Rua, e a Taça das Favelas, maior campeonato de futebol entre favelas do mundo.

Durante a pandemia do Covid-19, com o intuito de amenizar as dificuldades que os moradores de favela enfrentam, por conta do isolamento, a instituição criou o CUFA Contra o Vírus, que arrecada doações de mantimentos e distribui para moradores de mais de 5 mil favelas de todo o Brasil; e o Mães da Favela, que contempla com uma bolsa de R$ 240 para milhões mulheres moradoras desses territórios, que chefiam os seus lares.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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