No mês de abril desse ano de 2018, foi instalada a CPI da Pralagos, para investigar irregularidades nos contratos da empresa responsável pelos serviços de fornecimento de água e de tratamento do esgoto nos municípios de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios.
Os moradores das cidades reclamam, principalmente sobre o serviço prestado, a tarifa elevada, e as dificuldades que eles encontram para se enquadrar no que a empresa chama de “tarifa social”, a cota destinada às pessoas de baixa renda.
Cidadãos de Búzios reclamam em redes sociais sobre a tarifa da concessionária. “Tinha que proibir também a cobrança por taxa, ou seja, a pessoa pagar só o que gastar. Pois a taxa mínima é 10 mil litros, se você gasta 5 mil litros você tem que pagar por 10 mil litros. Isso é roubo e errado também!”, diz Paulo Oliveira.
Muitas reclamações em relação a taxa mínima estipulada pela Prolagos e sobre pagamentos. “Também acho. Passei por isso, minha água foi cortada, sendo que paguei no mesmo dia, ainda tive que esperar 48 horas para que eles pudessem religar a água. Veio me cobrando 176.000. Tanto a Prolagos quanto a Enel vêm roubando na cara de pau seus consumidores, pois é tanta taxa que cobra, que no final se você for olhar seu consumo de energia não chega a 80 por mês”, afirma Amanda Bryan.
Presidente da comissão, o deputado Silas Bento explica a CPI. “Queremos saber o que tem de investimento que foi proposto no contrato e o que está sendo feito. Na região, há muitas pessoas que deixam as casas fechadas fora do período de férias e o valor da tarifa é praticamente o mesmo de quando elas estão nas suas casas. Quero organizar grupos de discussão nesses municípios para buscar outras informações de interesse da população que podemos trazer para a CPI”, disse.
Moradores de Caravelas e São Jacinto, ambos em Cabo Frio, reclamam que não tem água potável. Existem casos em que os moradores destas localidades precisam acionar a Justiça para que a Prolagos leve um caminhão pipa aos locais sem água. E mesmo assim, esses clientes são tarifados da mesma forma que aqueles que têm rede de água instalada.
Outro problema é a cobrança indevida do hidrômetro. O Tribunal de Justiça do Rio proíbe a cobrança do aparelho, no entanto, a concessionária afirma que a taxa de R$ 900 é relativa ao serviço de instalação. Integram a CPI os deputados Marcos Abraão (Avante), como vice-presidente, Iranildo Campos (SD), como relator, Flávio Bolsonaro (PSL), Renato Cozzolino (PRP), Márcio Canella (MDB) e Figueiredo (DC).
Perguntada sobre a CPI, a Prolagos informa que “Desde que foi comunicada sobre a abertura da CPI, a concessionária está prestando os esclarecimentos necessários”, respondeu.
https://prensadebabel.com.br/index.php/2018/07/18/projeto-que-proibe-tarifas-de-corte-e-de-religacao-de-agua-e-aprovado-na-camara-de-buzios/