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Conheça os blocos históricos do Carnaval de Cabo Frio

“Unidos da Parókia”, “Damas”, “Os Piratas” e “Risco da Praia” , mais de 20 anos animando o Carnaval cabofriense

O Parokia era a desculpa dos maridos que diziam que iam para a Paroquia (igreja) e voltavam bêbados do Carnaval/ Foto divulgação

Em Cabo Frio, as festas de rua são marcadas por blocos tradicionais que já ultrapassam mais de duas décadas de existência. É o caso dos blocos Unidos da Parókia, das Damas, Os Piratas e Risco da Praia.

Os maridos e a alegria continuam ainda hoje no Parókia/ Foto divulgação


 
O Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Unidos da Parókia completa bodas de ouro neste Carnaval. Com 50 anos de tradição em Cabo Frio, a agremiação se concentra na Rua Jorge Lóssio, no Centro, em dois dias, domingo e terça-feira. Este ano as datas são 23 e 25 respectivamente, das 18h à 0h.  A banda é formada por bateria e sopro, tocando marchinhas e sambas antigos e apesar de ser um bloco de arrastão, não utiliza trio elétrico.
 
Antes da concentração ser na Rua Jorge Lóssio, o bloco teve outras duas sedes. A primeira foi na Rua Rui Barbosa, na casa da mãe de Jessé Menezes Corrêa, um dos fundadores do bloco e principal responsável pela formação da Banda do Parókia. A concentração acontecia no quintal da matriarca, onde os foliões, cercados por uma corda, trajavam preto e amarelo, as cores do recreativo.  A segunda fase da concentração passou a ser na Rua Jorge Lóssio, no Bar do Binho, outro importante fundador do grupo.
 
“O Bar do Binho era o ponto de encontro da rapaziada, frequentado pela alta boemia e principalmente pelos músicos que tocavam nos antigos bailes de carnaval da cidade de Cabo Frio. Quando o espaço chegou ao fim, anos depois, a concentração passou a acontecer na casa de Jessé, ainda na Rua Jorge Lóssio, de onde sai até os dias de hoje”, explicou membro do grupo Amigos do Parókia, Rafael Dudley.
 
No início, a letra Q (Unidos da Paróquia) era utilizada para a grafia do nome do bloco e a mudança para Parókia é bem curiosa. Segundo Rafael, os maridos que frequentavam o bloco “saíam de casa com a desculpa de que iam para a Paróquia (igreja) e voltavam bêbados e alegres. Esse fato chegou até ao padre da época, que por sua vez, deu um sermão determinando a mudança de nome. Desde então, é grafado com ‘k’”.
 
Há 23 anos levando alegria para os foliões, o Grêmio Recreativo Bloco de Arrastão das Damas recebe uma média de 30 mil pessoas durante os dois dias de desfile, domingo e terça, este ano 23 e 25 respectivamente, das 15h às 21h. As cores oficiais são vermelha e branca. A concentração é na Rua Antônio Feliciano de Almeida, no bairro União, e desfila na Orla da Praia do Forte com dispersão na Praça da Cidadania.

O bloco Damas e a tradição dos homens se vestirem de roupas femininas no Carnaval/ Divulgação


 
O recreativo foi fundado por cinco amigos que resolveram manter o costume dos homens de se vestirem com roupas femininas para brincar o Carnaval, após um dos tradicionais blocos de arrastão da cidade, o Bloco da Rama, decidir não mais desfilar. A fantasia deste ano será de noiva.
 
“No primeiro ano foram cinco amigos, depois 15, 30, 50… e o Bloco das Damas nunca mais deixou de sair durante as festas do Rei Momo, crescendo a cada ano. As fantasias mostram personagem que sempre fizeram parte das nossas histórias”, contou o diretor de produção, Carlos Ernesto, mais conhecido como Carlão. 
 
Em 2020, a diretoria do bloco resgata a história e promete realizar um dos maiores carnavais já apresentados pelo grêmio ao longo dos anos. Para isso, confirmou na programação o vocalista Jean Bessa, que passou por blocos de enredo e tradicionais escolas de Samba de Acesso e do Grupo Especial.
 
Para sacudir os foliões e acompanhar toda essa energia a Bateria Diferente, formada por 14 ritmistas e comandada pelo mestre Guinho, vai embalar a festa tocando muito samba, que é o carro-chefe, além de axé, rock, MPB dentre outros estilos, sempre agregando as batidas do samba a esses ritmos. A programação também terá participação do pagodeiro Felipe Secco e DJs.
 
Neste Carnaval o “Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Os Piratas” completa 26 anos de fundação. O bloco foi criado por um grupo de amigos do bairro Passagem e acontecia nas quartas-feiras de cinzas. No ano de 2019 passou a sair na segunda-feira, previsto este ano para o dia 24, das 18 às 00h. 
 
A concentração é na quadra de esportes com desfile na Avenida do Contorno, sentido Duna Boa Vista, retornando para Praça. Entre as atrações estão a Bateria Mestre Davi (Antiga Abissínia) e o Dj Halph. A agremiação confecciona abadás e tem como cores oficiais azul e vermelho.
 
O atual presidente do bloco, Alexis Sampaio, está à frente da agremiação há dez anos. Segundo ele, não é fácil manter um bloco na rua há tantos anos, mas que todo esforço é feito para levar alegria para os foliões. “A expectativa é superar o público do ano passado, quando reunimos cerca 500 pessoas”, explicou.
 
O Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Risco da Praia faz 31 anos de fundação neste mês. Tudo começou com um bate-papo descontraído entre amigos em um bar na Praia do Siqueira, num dia chuvoso de Carnaval em 1989.  Como não havia bloco de arrastão no bairro, um dos amigos sugeriu a agremiação.
           
“Conseguimos algumas peças de bateria com uma vizinha amiga e colocamos uma batucada na rua neste mesmo ano. No momento em que puxávamos a batucada, o nosso amigo Bebeto Cardoso estava se recuperando de um acidente automobilístico, e não conseguia acompanhar com normalidade e, quando ele cansava, era feito um risco no chão para que a batucada parasse e ele descansasse. Após o bloco, Toninho Caranguejo cogitou que o bloco fosse definitivo e ele mesmo sugeriu que chamássemos de Bloco do Risco”, contou o presidente, Yan Almeida.
 
Desde então, agremiação arrasta uma média de 450 foliões e tem como cores predominantes o amarelo e verde. A concentração é no domingo, 23, a partir das 12h, em frente ao Píer dos Pescadores, na orla da Praia do Siqueira com desfile na Rua Luiz Feliciano Cardoso.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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