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Comunidade Quilombola de Baía Formosa, em Búzios, vai finalmente receber o direito às terras

Área de 800 mil metros quadrados será oficialmente entregue à comunidade nesta sexta-feira (12)
Terreno foi doado pelos herdeiros como retratação pela famílias expulsas da região na década de 1970 I Foto Reprodução G1
Terreno foi doado pelos herdeiros como retratação pela famílias expulsas da região na década de 1970 I Foto Reprodução G1
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Depois de anos de negociações, a Associação dos Remanescentes Quilombolas de Baía Formosa, em Búzios, irá receber o direito às terras. A área de 800 mil metros quadrados será repassada com registro em cartório à comunidade nesta sexta-feira (12). Para comemorar haverá uma feijoada no almoço para os quilombolas.

A área pertence à Fazenda Porto Velho e os herdeiros devolveram o direito ancestral ao quilombo reparando o episódio cruel do passado, quando cerca de 60 famílias foram expulsas da terra.  A comunidade batalha pela titularidade desde 2012, mas esse processo foi arquivado, sendo necessário a abertura de um novo em 2016.

Beth Fernandes é ex-presidente do Quilombo e quem iniciou esse processo de requerer as terras. Foto: Arquivo Pessoal

Em 2019, um acordo com os proprietários foi firmado, intermediado pelo Ministério Público Federal junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas pela falta de documentação o processo demorou. “Foi muito difícil, muitas negociações, muita luta, muito sofrimento, mas nós conseguimos finalizar om acordo”, comemorou Beth Fernandes, ex-presidente do Quilombo, que iniciou o processo de requerimento da terra.

A Associação dos Remanescentes Quilombolas de Baía Formosa é reconhecida pela Fundação Palmares como povo quilombola desde 2011, e atualmente é composta por 120 famílias.

O atual presidente da Associação dos Remanescentes Quilombolas de Baía Formosa, Ricardo Bemquerer, lembrou que essa área 800 mil metros quadrados é apenas uma das áreas que a associação tem direito. Paralelo a isso existe um processo junto ao Incra para reaver as terras ocupadas por outros proprietários, que diferente dos herdeiros da Fazenda Porto Velho, não abrem mão da área de forma voluntária.

“A conquista dessa área é um feito histórico. Nunca houve doação voluntária a uma comunidade quilombola. Na verdade é devolver o que foi tomado de nós”, explicou.

Sobre a expulsão da terra

De acordo com o Incra, a ocupação das terras de Baía Formosa foi 1850, quando a área fazia parte da fazenda Campos Novos. No século 19, foram transformando-se em várias fazendas com donos diferentes. Esses proprietários deixaram as famílias trabalhando nas terras em troca de trabalho. Mas com a modernização do campo, na década de 1970, os acordos foram quebrados e as cerca de 60 famílias, que moravam na terra há cerca de 100 anos, foram expulsas.

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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