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Como bares tradicionais de Macaé estão enfrentando a crise econômica por conta do coronavírus

De portas fechadas, bares tiveram modelos de negócios ampliados e adotam delivery para amenizar prejuízos

Dois bares tradicionais de Macaé estão enfrentando a crise do Covid-19 para que em breve possamos voltar a nos reunir com os amigos nesses dois ambientes de alegria e sabor

Há algumas semanas, a vida noturna foi enfraquecida com o fechamento de bares, restaurantes e boates em diversas partes do mundo como medida de contenção ao novo coronavírus. O isolamento social colocou a maioria das pessoas para casa, gerando um prejuízo enorme para os comerciantes e artistas que dependem do público para sobreviver. De portas fechadas, modelos de negócios foram ampliados. Em Macaé, comerciantes adotaram o delivery para amenizar os prejuízos.

O delivery é uma das formas encontradas para enfrentar a crise

Com o decreto municipal de fechamento dos estabelecimentos não essenciais, o Boteco do Ivair, no bairro Visconde, precisou se reinventar e já amarga uma queda de 40 por cento no movimento. A primeira atitude da responsável pelo bar, Verônica Amado, foi levar os ingredientes e panelas para casa e adotar, temporariamente, e adotar o modelo delivery.

“O bar não está funcionando, mas trouxe as coisas para minha casa e, assim, continuar atendendo meus clientes. Estou conseguindo servir a todos que me procuram. Não estou trabalhando com bebidas e sim com os pratos que costumo fazer, que não são poucos”, destacou Verônica.

O estabelecimento é administrado também pelo filho e marido da Verônica, que é faz as entregas. Os pratos mais pedidos são “Sabor do Pecado” e o “Arumadinho”. O tempero dela tem chegado a novos clientes, o que tem ajudado a manter o funcionamento.

O arrumadinho é um clássico entre os mais pedidos no Boteco do Ivair

“Os frequentadores do bar já conhecem os pratos então fica fácil vender, e eu ainda consegui outros clientes que já tinham escutado falar, mas não conheciam meus quitutes”, comemorou.


Apesar de não ter funcionários fixos, o bar contava com algumas pessoas que trabalhavam nos eventos promovido pela casa uma sexta-feira do mês.

Hoje os instrumentos estão parados no Bar do Jorge, aguardam o fim da pandemia para voltar a alegrar a galera

E música também era bem frequente no Bar do Jorge, no bairro Costa do Sol. Segundo o responsável pelo estabelecimento, Jhonata Mota, “a proposta sempre foi unir a cultura (música, poesia) valorizando os artistas locais e do Rio de Janeiro”. A programação fixa contava com diversos estilos musicais separados por dias da semana. Com a queda brusca no movimento também foi preciso adotar o delivery de tira-gosto e bebidas.

“Como nosso movimento sempre foi baseado em eventos culturais caiu em torno de 90%, e pior está sendo para os músicos. Tínhamos um público rotativo semanal 500 pessoas. É triste, mas infelizmente devemos manter a distância por enquanto”, lamentou Jhonata.

Os pratos mais pedidos nas entregas são o torresmo, bolinho de feijoada, bolinho de costela recheado c/ queijo Curado, pastel de Jiló e pastel de shimeji. Assim como no primeiro bar, este também não tem funcionários fixos. O trabalho era feito basicamente por clientes universitários no formato freelance. As entregas são feitas por um dos músicos do estabelecimento. Este ano, o bar comemora 3 anos de funcionamento.

Os pedidos dos dois estabelecimentos são feitos pelo telefone e páginas no Instagram e Facebook.

Bar do Jorginho 22 99236-8297 jorge

Boteco do Ivair 22 99922-7732 / (22)97401-2942

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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