A iniciativa partiu do vereador Marcel Silvano (PT) de Macaé
Nesta quinta-feira, dia 24, na Cidade Universitária, em Macaé, às 18, acontece o Roda de Conversa, que terá a presença do ativista, professor de literatura, rapper, e colunista do Prensa de Babel, o Fábio Emecê. No momento em que população acompanha pelas mídias a situação de violência na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, o vereador Marcel Silvano trouxe a tona esta situação e fez um convite para a Roda de Conversa com o tema “Extermínio da Juventude Negra”, em comemoração ao líder quilombola, e símbolo da resistência negra, Zumbi dos Palmares, do último dia 20 de novembro.
O evento contará também com a presença do rapper e ator do filme Tropa de Elite, André Ramiro, que interpretou o papel do policial Matias, e a diretora de Combate ao Racismo da União Estadual dos Estudantes, Marianna Lopes.
“Todos os dias vemos que morrem todos os lados, todos saem perdendo: polícia, morador, cidadão, trabalhador de bem, o traficante. Vamos discutir aqui a violência e o extermino da juventude negra. Vamos fazer esse debate na cidade universitária pra ajudar também nas atividades de ocupação e de denúncia aos ataques de direitos sociais a educação e saúde, que os estudantes estão fazendo na ocupação. O convite está feito para discutir essa triste e inaceitável situação de violência, que todos saem perdendo nessa realidade que estamos enfrentando no país, no estado e na cidade de Macaé”, disse Marcel.
Cidade de Deus
Sobre a situação na Cidade de Deus, conflito que iniciou entre traficantes e milicianos, e depois passou a uma operação policial, que teve como denúncia o extermínio de pessoas, para Marcel lembra que os criminosos estavam rendidos e poderiam ter sido levadas a prisão, ao invés de exterminadas de forma brutal.
“Queria sugerir a leitura de uma reportagem que está no site nacional do El país, assinada por Maria Martin, que trata do que foi aquela ação do final de semana, como as pessoas estão assustadas e convivendo ontem e hoje as escolas não abriram. As crianças estão nas ruas e as famílias assustadas. É um reflexo da guerra que a gente vive no cotidiano das cidades, a capital do Rio é um exemplo claro e gritante disso, mas aqui em Macaé também”, concluiu.