Professores do Colégio Municipal Paulo Freire, que fica no bairro Centro, em Búzios, se reuniram na tarde desta segunda-feira (22), às 14h, em frente à unidade, para protestar contra o possível fechamento do estabelecimento de ensino. Segundo alguns professores, alunos do 3° ano estão sendo remanejados para o Colégio Estadual João de Oliveira Botas, na Praia da Armação.
No último dia 15 de janeiro, a Secretaria Municipal fez uma reunião com todos os diretores das escolas para tratar de assuntos referentes à educação na cidade. Em um desses assuntos estava: inclusão do 9° ano na escola; modificação do ensino médio do INEFI e do Paulo Freire, sendo a redução do 3° ano. Houve também uma reunião com a equipe do Colégio Oliveira Botas, onde garantem os alunos transferidos para a unidade estadual estão dentro da logística de Armação dos Búzios.
Sendo assim, representantes do SEPE, Marly da Verdade e Maria Alice, solicitaram uma reunião para explicações no dia 19 de janeiro, no CEPEDE. A secretaria municipal deixou claro que o ensino médio é dever do Estado e deu explicações sobre como seria inserido o 9° ano no Paulo Freira, que seria a partir de 2019.
Levantamento feito pelo SEPE mostra que algumas unidades de educação estão fechando desde 2014. Confira:
- Darcy Ribeiro (turno da noite) 2014
- Jose Bento (turno da noite) 2014
- Cileia Barreto (turmas da noite- turmas de 1 as 5 ano) 2016
- Cileia Barreto (turno da noite) 2017
- Inefi (turno da noite) 2017
- Creche Laurinda/Juvenal 2017 (ESCOLA)
Integrante do quadro de funcionários do Paulo Freire, Luisa Barbosa, desabafou em suas redes sociais. “Não há vagas. É essa a informação recebida a quem vai ao Colégio Municipal Paulo Freire. A escola não abriu turmas de segundo e terceiro ano. Apenas poucas vagas para o primeiro. A tentativa é sangrá-la até que não haja nem quem possa reagir. Daqui a pouco mesmo nós – professores, alunos e funcionários do CM Paulo Freire – não existiremos mais. Arrancarão nossa voz”, afirmou.
Em outubro 2016 um grupo de professores teria descoberto que há um inquérito no MP, que poderia reduzir as vagas na Escola Paulo Freire. Na época a Prefeitura negou.