Cinco brasileiros passaram para as oitavas de final do MEO Rip Curl Pro Portugal apresentado por Corona, no mar desafiador do domingo, em Supertubos. João Chianca eliminou o grande ídolo, Kelly Slater; Samuel Pupo fez o maior placar do dia e Ítalo Ferreira, Caio Ibelli e Yago Dora, também, venceram suas baterias da terceira fase. Restaram duas e Gabriel Medina está na que ficou para abrir a segunda-feira, em Peniche. A primeira chamada será às 6h50, em Portugal, e às 3h50 da madrugada, no Brasil, com transmissão ao vivo pelo SporTV e pelo site da WSL.

O domingo começou com a primeira rodada eliminatória do MEO Rip Curl Pro Portugal. Três brasileiros disputaram a repescagem e todos aproveitaram a segunda chance de classificação para a terceira fase, derrotando seus adversários. Caio Ibelli ganhou a primeira do dia, João Chianca a terceira e Gabriel Medina a quarta e última, com o australiano Callum Robson passando em segundo lugar surfando um tubaço incrível, que arrancou a primeira nota 10 da temporada 2023 do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT).

A terceira aconteceu à tarde, utilizando o formato “overlapping heats”, com duas baterias sendo disputadas simultaneamente. Caio Ibelli tinha vencido o primeiro confronto do dia, derrotando o francês Tiago Carrique e o norte-americano Kolohe Andino. E também ganhou a primeira disputa por vagas nas oitavas de final, despachando o costa-ricense Carlos Munoz por uma tranquila vantagem de 13,57 a 8,30 pontos.

“O mar estava enorme de manhã, então era apenas tentar sobreviver e se divertir fazendo isso”, disse Caio Ibelli. “Agora a tarde está muito mais manejável, porém as condições ainda estão bem pesadas com ondas muito grandes. Era menos gerenciamento de riscos e mais sobre como atacar as ondas, então foi mais uma bateria divertida também”.

Caio Ibelli também vai abrir as oitavas de final, com o australiano Connor O´Leary. A segunda bateria também será um confronto Brasil x Austrália, entre João Chianca e Ethan Ewing. Chumbinho enfrentou o onze vezes campeão mundial, Kelly Slater, diante de uma enorme torcida que lotou a praia de Supertubos no domingo. O brasileiro botou pra dentro dos tubos nas direitas e logo conseguiu duas notas na casa dos 6 pontos. Slater chegou a tirar a maior nota, 7,33, mas João Chianca venceu por 12,54 a 10,83 na soma das duas ondas computadas.

“O Kelly (Slater) é um surfista e uma pessoa incrível e foi uma honra disputar uma bateria com ele”, destacou João Chianca. “Eu fiz uma boa bateria hoje de manhã, então estava apenas tentando canalizar isso e esquecer todo o resto, pois tinha muita coisa acontecendo. Quando faltava 1 minuto pro término da bateria, eu sabia que o Kelly poderia vencer a qualquer momento. Mas, a torcida estava incrível, gritando meu nome, eram muitos brasileiros e isso aumenta a pressão, mas uma pressão boa. Foi muito bom viver tudo isso hoje”.

CAMPEÕES MUNDIAIS – Depois da vitória de João Chianca sobre Kelly Slater, mais dois campeões mundiais foram eliminados em 17.o lugar no MEO Rip Curl Pro Portugal. Um deles o atual campeão, Filipe Toledo, que acabou perdendo para o francês Joan Duru, por 10,84 a 6,17 pontos. Outra surpresa foi a derrota de John John Florence para o indonésio Rio Waida, por uma pequena diferença de 9,30 a 9,17 pontos. 

A seleção brasileira da WSL sofreu mais duas baixas na terceira fase. Miguel Pupo acabou se contundindo e o havaiano Ian Gentil avançou por 11,20 a 3,94 pontos. E o bicampeão da etapa portuguesa em 2018 e 2019, Italo Ferreira, ganhou o duelo verde-amarelo com Michael Rodrigues, igualmente por uma grande vantagem de 10,94 a 3,73 pontos. O catarinense Yago Dora despachou o sul-africano Matthew McGillivray no último confronto do domingo e vai fazer outra bateria brasileira com Italo Ferreira nas oitavas de final. 

RECORDE DO DIA – O outro brasileiro que se classificou, foi o estreante do ano no CT 2022, Samuel Pupo. Foi um duelo emocionante contra o japonês Kanoa Igarashi, que já começou surfando um tubaço que valeu nota 8,0. Ele liderou praticamente toda a bateria, mas Samuca reagiu no final, somando notas 7,23 e 7,17 nas duas últimas ondas que surfou. Com elas, fez o maior placar do domingo, 14,40 pontos, contra 13,27 do vice-campeão olímpico. 

“Eu fiquei falando pra mim mesmo: não vou perder essa bateria de jeito nenhum”, disse Samuel Pupo, que precisa de bons resultados para se livrar do corte na elite no meio da temporada. “Precisei ter muita garra para passar por isso. Eu sabia o que tinha que fazer, mas mentalmente exigia muito de mim. Estou feliz que deu tudo certo, mas foi muito difícil”. 

Samuel Pupo não foi bem nas etapas que abriram a temporada no Havaí e ocupa a 24.a colocação no ranking. Ou seja, está fora do grupo dos 22 primeiros, que serão mantidos na elite para a segunda metade da temporada. A etapa portuguesa é a terceira do ano e as outras duas serão realizadas na Austrália, em Bells Beach e em Margaret River.

O MEO Rip Curl Pro Portugal apresentado por Corona é realizado com patrocínios da MEO, Rip Curl, Corona, YETI, Shiseido, Red Bull, Craft 1861, True Surf, Portugal Tourism, EDP, Millennium Bank e Hertz. O prazo desta terceira etapa do World Surf League Championship Tour 2023 vai até o dia 16 de março, com transmissão pelo site da WSL. e Aplicativo e Canal da WSL no YouTube. No Brasil, toda a competição também passa ao vivo nos canais SporTV e no Globoplay.

BATERIAS DO MEO RIP CURL PRO PORTUGAL:

RESULTADOS DO DOMINGO EM SUPERTUBOS:

SEGUNDA FASE – 3.o=33.o lugar com US＄ 10.500 e 265 pontos:

1.a: 1-Caio Ibelli (BRA)=7.57, 2-Tiago Carrique (FRA)=4.57, 3-Kolohe Andino (EUA)=4.33

2.a: 1-Kanoa Igarashi (JPN)=11.00, 2-Kelly Slater (EUA)=6.20, 3-Frederico Moraes (PRT)=5.46

3.a: 1-João Chianca (BRA)=13.00, 2-Seth Moniz (HAV)=7.83, 3-Ezekiel Lau (HAV)=3.43

4.a: 1-Gabriel Medina (BRA)=13.16, 2-Callum Robson (AUS)=12.50, 3-Maxime Huscenot (FRA)=10.84

TERCEIRA FASE – 17.o lugar com US＄ 11.610 e 1.330 pontos:

1.a: Caio Ibelli (BRA) 13,57 x 8,30 Carlos Munoz (CRC)

2.a: Connor O´Leary (AUS) 12,27 x 9,66 Nat Young (EUA)

3.a: Ethan Ewing (AUS) 12,23 x 11,43 Jake Marshall (EUA)

4.a: João Chianca (BRA) 12,54 x 10,83 Kelly Slater (EUA)

5.a: Joan Duru (FRA) 10,84 x 6,17 Filipe Toledo (BRA)

6.a: Callum Robson (AUS) 6,73 x 6,50 Liam O´Brien (AUS)

7.a: Ian Gentil (HAV) 11,20 x 3,94 Miguel Pupo (BRA)

8.a: Samuel Pupo (BRA) 14,40 x 13,27 Kanoa Igarashi (JPN)

9.a: Jack Robinson (AUS) 10,93 x 5,93 Tiago Carrique (FRA)

10: Ryan Callinan (AUS) 11,10 x 10,07 Jordy Smith (AFR)

11: Barron Mamiya (HAV) 12,17 x 9,40 Leonardo Fioravanti (ITA)

12: Rio Waida (IND) 9,30 x 9,17 John John Florence (HAV)

13: Italo Ferreira (BRA) 10,94 x 3,73 Michael Rodrigues (BRA)

14: Yago Dora (BRA) 10,93 x 10,70 Matthew McGillivray (AFR)

PRÓXIMAS BATERIAS DO MEO RIP CURL PRO PORTUGAL:

TERCEIRA FASE – 17.o lugar com US＄ 11.610 e 1.330 pontos:

15: Gabriel Medina (BRA) x Seth Moniz (HAV)

16: Griffin Colapinto (EUA) x Jackson Baker (AUS)

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US＄ 13.500 e 2.610 pontos:

—–baterias já formadas com os resultados do domingo

1.a: Caio Ibelli (BRA) x Connor O´Leary (AUS)

2.a: Ethan Ewing (AUS) x João Chianca (BRA)

3.a: Callum Robson (AUS) x Joan Duru (FRA)

4.a: Samuel Pupo (BRA) x Ian Gentil (HAV)

5.a: Jack Robinson (AUS) x Ryan Callinan (AUS)

6.a: Barron Mamiya (HAV) x Rio Waida (IND)

7.a: Italo Ferreira (BRA) x Yago Dora (BRA)

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US＄ 13.500 e 2.610 pontos:

1.a: Molly Picklum (AUS) x Isabella Nichols (AUS)

2.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) x Teresa Bonvalot (PRT)

3.a: Stephanie Gilmore (AUS) x Sally Fitzgibbons (AUS)

4.a: Gabriela Bryan (HAV) x Courtney Conlogue (EUA)

5.a: Carissa Moore (HAV) x Yolanda Hopkins (PRT)

6.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Macy Callaghan (AUS)

7.a: Caroline Marks (EUA) x Caitlin Simmers (EUA)

8.a: Brisa Hennessy (CRC) x Sophie McCulloch (AUS)

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe no planeta, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.

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