O Ponto de Cultura Cepro, de Rio das Ostras (RJ), integrou o 1º Encontro Nacional da Rede de Cursinhos Populares, realizado nos dias 8 e 9 de dezembro na Universidade de Brasília. O encontro reuniu representantes de diferentes regiões do país para discutir a execução da Política Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), criada pelo Ministério da Educação em 2025.
A instituição fluminense foi representada por Brenda Iolanda, coordenadora de projetos, que apresentou um balanço das ações do Pré-Vestibular Social mantido pelo Cepro. A participação ocorreu após a seleção da entidade no edital federal nº 01/2025, que prevê bolsas para estudantes, professores e coordenadores de cursinhos comunitários.

Segundo Brenda, a troca de experiências com outras iniciativas ajudou a identificar desafios comuns e caminhos para a consolidação da política. A coordenadora participou de mesas temáticas e grupos de trabalho sobre financiamento, permanência estudantil e formação de educadores. “O diálogo entre os cursinhos mostra a necessidade de continuidade e estabilidade dos recursos”, afirmou.
Criado como instrumento de apoio a estudantes de baixa renda, o programa CPOP tem como foco a expansão do acesso ao ensino superior por meio de cursinhos populares. O edital prevê recursos para manutenção das atividades e acompanhamento pedagógico, além de estimular a articulação entre diferentes projetos comunitários do país.
A presidente do Cepro, Guilhermina Rocha, destaca que a política federal ajudou a reduzir a evasão no pré-vestibular mantido pela entidade. Segundo ela, a concessão das bolsas permanência permitiu que alunos de bairros periféricos, como o Praia Âncora, tivessem melhores condições de frequentar o curso preparatório.
Representantes presentes ao encontro apontaram que a continuidade do programa dependerá da consolidação do orçamento federal e da articulação entre entidades comunitárias e gestores públicos. O encontro na UnB discutiu ainda propostas para os ciclos seguintes do CPOP, incluindo mecanismos de avaliação e estratégias para ampliar o atendimento a jovens e adultos fora da rede regular de ensino.


