Maricá deve ganhar, a partir do próximo ano, dois novos espaços culturais dedicados à memória de Maysa e Beth Carvalho, ambos instalados em casas onde as cantoras viveram. As informações foram publicadas na coluna do jornalista Ancelmo Gois.
O museu que será instalado na antiga residência de Maysa tem como proposta funcionar também como um centro de debates sobre a temática da mulher. A iniciativa parte da trajetória pública da cantora, que, nos anos 1950 e 1960, rompeu padrões de comportamento ao fumar em público, usar cabelos curtos e vestir calças — atitudes que, à época, eram associadas a hábitos masculinos. Maysa morreu em 1977, em um acidente de carro na Ponte Rio–Niterói.

Já a casa que pertenceu à cantora Beth Carvalho, também em Maricá, tem inauguração prevista para o próximo ano e será voltada à valorização do samba. O espaço deve receber rodas de samba e feijoadas aos fins de semana, mantendo viva a ligação da artista com a música popular brasileira e com a cultura do gênero.
Os dois projetos são assinados pelo arquiteto e artista visual Gringo Cardia e estão sendo desenvolvidos para a empresa municipal de cultura e turismo de Maricá, atualmente presidida pelo ator Antônio Grassi.


