Uma casa no valor de R$400 mil em Búzios estaria entre os bens do agente fazendário estadual Ary Ferreira da Costa Filho, o Aryzinho. Ele é um dos acusados de operar o suposto esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB). Os seis primeiros bens da lista são apartamentos. Seus valores, somados, chegam a 15,5 milhões. Todos estavam em nome do servidor, que está preso, assim como Cabral. A decisão foi dada no âmbito da Operação Mascate do Ministério Público Federal.
A casa de Búzios fica em um resort em praia ainda não informada. Além desta casa ainda outros quatro imóveis na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio: um dúplex avaliado em R$ 5,4 milhões; uma cobertura que vale R$ 4,2 milhões; um apartamento, com valor estimado de R$ 3,5 milhões; e uma sala comercial, que valeria R$ 1,2 milhão. Há ainda um apartamento em Jacarepaguá, também na zona oeste da capital fluminense (R$ 650 mil).
Um prédio inteiro, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, também tem sua propriedade atribuída ao réu. O imóvel ainda não foi avaliado. Também será leiloado por determinação do juiz.
Aryzinho é acusado de ser o homem de confiança do ex-governador Sérgio Cabral. De acordo com a acusação, ele seria o responsável por intermediar a lavagem de dinheiro e os pagamentos de propina.É suspeito de lavar ao menos R$10 milhões, dos quais R$8 milhões teriam ido para o ex-governador. O acusado começou a trabalhar com Cabral na década de 1980, quando ainda era deputado estadual e daí em diante trabalhou em várias secretarias em governos do PMDB no Rio de Janeiro.
Ao jornal digital Estado de Minas, em matéria da jornalista Constança Rezende, o advogado de Ary Ferreira da Costa Filho, Michel Asseff, negou que seu cliente seja dono dos imóveis que vão a leilão. Eles estão em nome de uma imobiliária, de acordo com o defensor. A defesa de Cabral tem questionado a isenção de Bretas, cuja suspeição requereu. Também tem alegado falta de provas para as acusações que têm sido feitas ao ex-governador. Em depoimento, Cabral considerou absurdas as alegações de delatores que o apontaram como recebedor de propinas.
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