O Carnaval de Cabo Frio, que segue até o dia 24 de fevereiro, tornou-se objeto de investigação do Ministério Público Federal (MPF) devido aos danos ambientais provocados pelos megablocos que agitaram a cidade. As festividades realizadas no bolsão da Juju, especialmente, estão no centro das denúncias.
A área habitualmente utilizada pelos megablocos foi fechada por tapumes, o que gerou controvérsias sobre o tráfego de veículos na região, especialmente durante um evento ocorrido no estacionamento da Praia do Forte. O MPF está questionando a falta de medidas de controle e fiscalização por parte da Prefeitura, bem como a negativa dos organizadores em relação à presença de veículos na área de restinga.
Pelo menos quatro megablocos fizeram uso da área demarcada, levando o MPF a considerar uma ação judicial para reparação dos danos morais coletivos e restauração da restinga. A Associação dos Blocos e Atividades Carnavalescas de Cabo Frio (Abaccaf) também está sob investigação, pois compartilha a responsabilidade com os organizadores dos megablocos.
Durante o período festivo, algumas apresentações foram canceladas devido a problemas pessoais, afetando a programação do Carnaval. Entre os artistas afetados estão MC Cabelinho, Oruam e Poze do Rodo. No entanto, os cancelamentos não diminuíram a preocupação com os impactos ambientais e a necessidade de responsabilização pelos danos causados durante os festejos carnavalescos em Cabo Frio.