Entrevista da Prensa de Babel com candidatos de Macaé compara propostas para o transporte público da cidade para próximo governo
Com a proximidade das eleições municipais, a Prensa de Babel promoveu o projeto de entrevista com os candidatos de Macaé. Com o objetivo de permitir que a população conheça as pessoas que se apresentam como opção de voto para representar a cidade nos próximos anos, a Prensa questionou quais as propostas para os problemas relacionados ao transporte público de cada candidato.
Os candidatos que responderam à entrevista foram os seguintes: Igor Sardinha (PT), Robson Oliveira (PTB), Maxwell Vaz (Solidariedade), Silvinho Lopes (Democratas), Welberth Rezende (Cidadania) e Sabrina Luz (PSTU).
Confira as respostas:
Prensa de Babel: Como pretende resolver as questões relacionadas ao Transporte Público em Macaé?
Igor Sardinha (PT):
A proposta é direta e iremos cumpri-la da forma que a população nos reconhece. Vamos quebrar o monopólio da SIT. Vamos tirar essa empresa que atua sem transparência, desrespeita a população e funcionários. Sabemos que poucos grupos comandam todo transporte urbano no Brasil. Para fugirmos da possibilidade real de que o mesmo grupo vença um novo contrato de concessão, iremos oferecer o serviço de maneira direta criando a empresa pública de transporte com novas linhas e com tarifa zero como já é feito na cidade de Maricá e em diversas cidades pelo mundo. Os recursos milionários que a prefeitura paga anualmente à SIT será convertido em oferta de linhas gratuitas em ônibus de qualidade administrados e gerenciados pelo próprio município. Nosso direito de ir e vir não estará nas mãos de qualquer empresário.
Robson Oliveira (PTB):
Esse é um dos temas fundamentais para a retomada do desenvolvimento econômico de Macaé. Como que você pode imaginar uma cidade sem um transporte coletivo adequado, tendo o desenvolvimento que as pessoas desejam? É impossível. Se as pessoas não conseguem chegar aos seus locais de trabalho dentro do horário, se não chegam com um transporte com um mínimo de conforto, se os horários não atendem às necessidades, é impossível pensar em desenvolvimento. As políticas públicas se entrelaçam. É isso que muitos gestores, ou pseudo gestores, não conseguem enxergar ou entender. A política de geração de emprego e renda, que deve ser uma preocupação dos prefeitos, embora dependa também de questões regionais, estaduais e da economia nacional, ela está intimamente ligada com as questões municipais, como a capacitação da mão de obra, os transportes coletivos, os incentivos fiscais, etc.
Então, nós já estamos empreendendo esforços para resolver a questão dos transportes coletivos. Já temos propostas para mudar esse sistema e vamos analisar esse contrato com a SIT, que é prejudicial ao Município, ao passo que ele não atende às necessidades dos moradores. É caro pra o Município e é ineficaz para quem precisa dele. E segundo a empresa, é ineficaz, porque os valores pagos não cobrem as despesas. Então, nós vamos abrir a planilha. Vamos dissecar isso. Além disso voltaremos com o sistema de vans atendendo aos locais onde os ônibus não vão. E vamos também criar um novo meio de transporte, ligando os pontos mais extremos, inicialmente utilizando as vias já existentes, como a linha férrea, mas também, se necessário, construindo ou melhorando outras. E dentro disso tudo está a revisão do Plano de Mobilidade Urbana, o incentivo aos transportes não poluentes e outras alternativas que estão no nosso Plano de Governo.
Maxwell Vaz (Solidariedade):
No meu governo vamos promover um transporte público de qualidade, inicialmente vamos fiscalizar com rigor as empresa prestadora do serviço, reavaliar o uso dos terminais rodoviários, implantar linhas expressas, acabar com dupla função do motorista – como cobrador, reduzir o tempo de viagem, realizar nova licitação para concessão do transporte publico. Colocar o VLT para funcionar com PPP – Participação Publica e Privada.
Silvinho Lopes (Democratas):
O transporte público, em Macaé, infelizmente, não funciona. Precisamos revisar o modelo de concessão de transporte público. Vamos acabar com esse monopólio e oferecer o serviço com assiduidade, regularidade, pontualidade e conforto.
Para otimização de trajetos com linhas alimentadoras de veículos de menor capacidade que alcancem os bairros, vamos readequar as linhas de ônibus existentes. Ou seja, vamos promover a melhoria na qualidade dos serviços de transporte público, com ampliação de linhas e áreas atendidas.
O novo Programa de Mobilidade Urbana vai contemplar a Serra Macaense.
Welberth Rezende (Cidadania):
Vamos fazer a revisão do contrato do serviço de transporte público para acabar com o monopólio da SIT, além exigir a ampliação de novas linhas. Também vamos manter o valor da passagem de ônibus a 1 real. Outro ponto importante é revitalização das ciclofaixas e ciclovias, com interligação de rotas para abranger todo município, apesar de não estar diretamente ligado ao transporte público é uma questão da mobilidade urbana.
Sabrina Luz (PSTU):
Em primeiro lugar propomos acabar com o monopólio da SIT. Hoje temos um péssimo serviço e uma passagem cara. A população paga 2 vezes: R$ 1 diretamente e mais 2,50 pagos pela prefeitura, o preço real é R$3,50.
Calculamos que todos os anos a prefeitura repassa R$90 milhões para a SIT. Propomos utilizar estes milhões para construir uma empresa pública municipal de transporte, que incorpore todos os atuais funcionários. Essa nova empresa será movida pelo objetivo de prestar um serviço de excelência e não o lucro como é hoje. Dessa forma poderíamos garantir transporte de qualidade a R$ 1 de verdade e gratuidade para os desempregados.
As entrevistas na íntegra estão disponíveis no site da Prensa, na aba Macaé.