Entrevista da Prensa de Babel com candidatos de Macaé compara propostas de políticas públicas para a gestão municipal
Com a proximidade das eleições municipais, a Prensa de Babel promoveu o projeto de entrevista com os candidatos de Macaé. Com o objetivo de permitir que a população conheça as pessoas que se apresentam como opção de voto para representar a cidade nos próximos anos, a Prensa questionou quais as propostas de políticas públicas de cada governo.
Os candidatos que responderam à entrevista foram os seguintes: Igor Sardinha (PT), Robson Oliveira (PTB), Maxwell Vaz (Solidariedade), Silvinho Lopes (Democratas), Welberth Rezende (Cidadania) e Sabrina Luz (PSTU).
Confira as respostas de cada candidato:
Prensa de Babel: Quais as políticas públicas essenciais para que a cidade se desenvolva de maneira igualitária?
Igor Sardinha (PT):
Moeda social, fomento à economia e políticas de desenvolvimento social. Macaé é uma das cidades mais desiguais do Brasil, que já é um dos países mais desiguais do mundo. A gente não pode achar isso normal. Temos macaenses que nasceram, cresceram e seguem sem oportunidades geradas por essa cidade bilionária. Não podemos ter uma prefeitura que finja que isso não é problema dela. Vamos adotar várias medidas que combatam a pobreza e da desigualdade como a moeda social, que vai incluir os 31% dos macaenses que recebem menos de um salário-mínimo com um aporte de R$ 150 por integrante da família em sua renda, independente da pandemia. Vamos investir nas pessoas para que saiam da pobreza e como será um dinheiro que só pode ser gasto em Macaé, fortalecer o comércio local, gerando mais empregos. Somos a única candidatura que tem propostas efetivas para acabar com desigualdade e geração de empregos na cidade. Sabemos como fazer. Já fizemos. Como eu já falei, estamos aqui para escrever uma nova história. Acredite, vai ser diferente.
Robson Oliveira (PTB):
Toda a administração é uma engrenagem e ela precisa funcionar com sincronia, integrada. Não existe uma, duas ou três, que sejam essenciais. As políticas públicas representam o conjunto de iniciativas que visam melhorar a vida das pessoas, dar dignidade e promover cidadania. Então todas as iniciativas são importantes, desde as aparentemente menores, até as consideradas mais importantes. Aí eu faço uma pergunta: qual política pública você pode considerar que não seja importante para o desenvolvimento igualitário? Todas são, em cada uma das áreas da administração pública, porque cada ação do agente público interfere de maneira direta ou indireta na vida do cidadão. Algumas podem ter mais impacto ou força e outras menos, contudo, todas são essenciais. No diálogo com os moradores, eles têm demandando prioridade na geração de empregos, saúde, educação e segurança. Minhas prioridades são, e sempre serão, as prioridades do povo, pois estou aqui para dialogar e servir.
Maxwell Vaz (Solidariedade):
Inicialmente investindo de forma eficaz na educação, saúde, emprego e renda, pois isso gera auto confiança e dá autonomia para as pessoas. Vamos promover a cultura, esporte e lazer nos bairros. Vamos urbanizar os bairros e investir no saneamento básico nas quatro dimensões. No meu governo o cidadão vai ter orgulho de Macaé.
Silvinho Lopes (Democratas):
Para enfrentar esse desafio vamos construir uma cidade resiliente não só com a diversificação da atividade econômica, mas também por meio da criação de uma rede de proteção social para os segmentos mais vulneráveis de nossa sociedade. Vamos implantar política pública de resgate de pessoas em situação de rua, por meio de programas de mapeamento familiar. Vamos implantar o Maca APP Social, um aplicativo com informações e serviços para famílias, mulheres, crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade social.
Welberth Rezende (Cidadania):
Todas as áreas são importantes, mas a bandeira da minha gestão será o Desenvolvimento Econômico. Tratar desigualmente os desiguais e oferecer a população oportunidades de qualificação para ingressarem no mercado de trabalho. Pensar Macaé a partir do desenvolvimento econômico é entender que o nosso município possui muitas vocações que podem e devem ser exploradas, contribuindo assim para a geração de empregos e consolidação de uma economia estável e próspera para nossa cidade.
Sabrina Luz (PSTU):
Macaé é riquíssima, em 2017 foi o 7º maior PIB per capita do estado, quase R$ 63 mil. Isso significa que se dividirmos toda a riqueza da cidade pelo número de habitantes, uma família de 4 pessoas receberia 21 mil reais por mês, mas isso não chega nas mãos da população, fica concentrado nos bolsos dos grandes acionistas da Petrobrás e de um punhado de grandes empresários, são eles os que realmente mandam no prefeito e na câmara de vereadores.
Temos recursos para ser um município modelo em todos os serviços públicos, mas para isso temos que romper com a lógica do capital e colocar a maioria da população para de fato mandar no dia a dia da cidade e em 100% de seu orçamento.
Defendemos deslocar o eixo de poder. Queremos que os trabalhadores, o povo pobre, os pequenos agricultores e pequenos empresários de Macaé mandem na cidade através dos conselhos populares. A prefeitura, as secretarias e a câmara de vereadores estariam a serviço dos conselhos populares.
Propomos organizar cada bairro e local de trabalho, para realizar assembleias e debaterem os mais diferentes temas de interesse da população: emprego, saúde, moradia, violência, transporte, saneamento básico, meio ambiente, agricultura familiar, a situação das mulheres, negros, LGBTs, e etc. A população dessa forma seria chamada a participar da vida política cotidianamente e não apenas de 4 em 4 anos.
Os conselhos populares elegeriam delegados para levar o que foi decidido na assembleia local para o grande conselho popular de toda Macaé. Diferente do que ocorre hoje com os vereadores, estes delegados teriam mandatos revogáveis, a assembleia local pode trocá-lo a qualquer momento se este representante não mais defender realmente os interesses da assembleia a qual o elegeu.
O auxílio dos técnicos concursados da prefeitura, dos acadêmicos das diversas universidades e de intelectuais serão indispensáveis para orientar a tomada de decisão dos conselhos, mas a última palavra será dos trabalhadores, do povo pobre, pequenos agricultores e pequenos empresários organizados.
As entrevistas na íntegra estão disponíveis no site, na aba Macaé.