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Campos já tem mais usinas solares do que 10 capitais brasileiras

Município é o segundo do estado com maior captação de energia fotovoltaica; Norte e Noroeste têm a maior incidência solar do Rio de Janeiro
Crédito_FST Solar

Levantamento da Firjan aponta que Campos dos Goytacazes ultrapassou o patamar de 10 mil usinas solares instaladas em residências, pontos comerciais e industriais (10.208). A quantidade já é maior do que a de 10 capitais brasileiras, como Vitória (ES), Recife (PE) e Curitiba (PR) – as últimas, com população três vezes superior a Campos. Os dados foram levantados pela federação a partir de dados fornecidos pela Aneel.

Além disso, segundo o Atlas Solarimétrico do Estado do Rio, estudo realizado pelo Governo do Estado que analisou dados de incidência solar em todo o Estado, as regiões Norte e Noroeste são as que oferecem os maiores índices do Rio. A média estadual de irradiação solar global anual varia de 1.460 a 2.010 kWh/m² – superior, por exemplo, à Alemanha, líder mundial na instalação de sistemas fotovoltaicos, cujo nível médio é de 1.700 kWh/m².

“A indústria do Norte Fluminense foi pioneira nos investimentos em energia solar na região. Tivemos um gigantesco salto nessa produção nos últimos anos, e até a próxima década nos tornaremos referência nacional nos mais diversos tipos de energia limpa. Para isso, é preciso que o poder público acompanhe a iniciativa privada, em especial o Porto do Açu, cujos projetos necessitam de regulações e de infraestrutura adequada, como a ferrovia 118”, destacou o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.

O salto na instalação de usinas solares em Campos começou a ser observado em 2018: de 220, aumentou para 825 instalações no ano seguinte, chegando a 1.292 em 2020, 2.837 em 2021 e 3.444 no ano passado. Mais de 90% correspondem a residências, e o restante se divide entre instalações comerciais e rurais, principalmente. A cidade está atrás apenas da capital (19.879), e a frente de Niterói, que tem a mesma densidade demográfica que Campos. Em seguida vem Maricá, São Gonçalo, Nova Friburgo, Macaé, Rio das Ostras e Itaperuna.

Em Campos, entre os pioneiros estão as indústrias de cerâmica. Segundo Matheus de Azevedo Henriques, presidente do Sindicato dos Ceramistas de Campos, mais de um terço das cerâmicas campistas (45 das 112 indústrias) contam com energia fotovoltaica, com capacidade de gerar 15 mil kwh por mês – o suficiente para abastecer um condomínio de 75 casas, considerando um consumo médio de 200 kwh, segundo estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

“É uma energia mais limpa, que por si só já é de suma importância, e faz com que tenhamos maior competitividade pois conseguimos também reduzir nosso custo. Com isso podemos gerar mais emprego e desenvolver ainda mais o setor”, afirma Matheus.

Energia solar pode tornar a indústria mais competitiva

No Norte Fluminense, além de Macaé (3.549), destacam-se São Fidélis (1.481) e São João da Barra (1.025). O Rio de Janeiro é a oitava capital com maior quantidade de usinas fotovoltaicas, cujo ranking é liderado por Florianópolis (SC).

A especialista em Estudos Econômicos da Firjan, Tatiana Lauria, lista os benefícios que as usinas fotovoltaicas geram para pessoas físicas e jurídicas, além do próprio sistema elétrico do país.

“O consumidor tem uma energia mais estável, com menos oscilações, e fica mais protegido da inflação diante de reajustes tarifários. Para alguns setores industriais, a economia pode chegar a 30%. Há ainda os benefícios para todo o meio ambiente, por se tratar de uma energia limpa, e para o próprio sistema elétrico, pois reduz a necessidade de novos investimentos e do aumento de custos de infraestrutura”, aponta Tatiana Lauria.

Além disso, o setor elétrico tem passado por grandes mudanças estruturais, com destaque para as fontes renováveis, como a solar e a eólica offshore, que criam oportunidades para o Norte Fluminense. Nessa região estão previstos cerca de US$ 85 bilhões em investimentos em eólica offshore nos próximos anos. A geração limpa associada à digitalização do setor e a ampliação do mercado livre criará um ambiente de negócios mais eficiente e equilibrado para o setor industrial, que se tornará mais competitivo e sustentável.

De acordo com um estudo da Firjan, o estado do Rio continua tendo, disparado, a maior tarifa de energia elétrica para o setor industrial entre todos os estados da federação. Segundo dados da ANEEL para o último ano, são, em média, R$ 1.035,11 por hora de megawatt (MWh), enquanto o segundo lugar, por exemplo, que é Mato Grosso, possui uma tarifa média de R$ 925,52 por MWh.

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