Por Sandro Peixoto
A legislatura que se inicia dia 1 de janeiro de 2017 na Câmara de Búzios tem tudo para ser a pior dos últimos tempos. Pior até que a primeira eleita em 1996 quando a cidade pela primeira vez escolheu seus legisladores. Na ocasião, foram eleitos um arquiteto metido a intelectual que por ter dupla filiação cedeu a vaga para um bebum do bairro de Cem Braças, a professorinha legal do Centro, o Evangélico amigo do bairro da Rasa, a despachante do bairro de Manguinhos, o construtor simpático do mesmo bairro, o caseiro de um famoso condomínio da praia de Geribá, o filho de um pastor evangélico que estava na moda, um jovem que animava festas e um líder quilombola.Desses, pouco se podiam cobrar. Eram totalmente inexperientes em política e em administração pública.
Na eleição de outubro último, apenas uma vereadora se reelegeu. Joyce, que está sendo sondada para assumir a Secretaria de Promoção Social, dando espaço assim para Lorram da Silveira, primeiro suplente e candidatíssimo do governo a presidência da casa legislativa. Ao todo, oito vereadores foram trocados. O fato pode até parecer bom para a democracia que preza pela alternância do poder.No entanto, poder ser péssimo para a cidade pois um legislativo fraco e inexperiente não é bom para ninguém. Um amigo, funcionário concursado da câmara me revelou que os vereadores novatos geralmente chegam pisando em ovos, mas que depois de algumas semanas, já estão totalmente familiarizados com o andamento da casa.
-Não se iluda. Rapidinho aprendem as coisas. Do nada, dão nó em pingo d`água. Aliás, se colocarem três torneiras juntas, são capazes de fazer uma trança com a água corrente, – continuou o mesmo amigo.
De verdade, não dá para esperar muito de Dida Gabarito( será que ele já gabaritou alguma prova??) Zé do Caixão, oops, quero dizer, Valmir Nobre, Gladys, Don, Miguel Pereira, Niltinho, Cacalho e Josué Pereira. A maioria vai migrar para o colo do governo rapidinho. Quem ousar ser independente deve lembrar com atenção para o que aconteceu com Gugu de Nair e Felipe Lopes que desde o primeiro dia do governo André se declararam oposição e pagaram o preço com seus mandatos. Não estou pregando aqui um alinhamento automático com o executivo. Apenas lembrando que, quem desejar ir contra a corrente tem que ter estofo. Tem que ter discurso, pragmatismo e nada esperar dos eleitores. Eles até aplaudem quem faz oposição, mas no dia D, votam em que faz fisiologismo. Que o digam os eleitos Walmir Nobre e Dom.
Na verdade, a população não está ( nem nunca esteve) nem aí para a Câmara. A maioria absoluta só procuram seus representantes para pedir favor ou dinheiro. Sendo assim, os vereadores estão livres para nada fazer. O povo não merece. O ex-vereador Gugu de Nair sabe bem do que estou falando.