Pela segunda vez em um ano a Secretaria de Patrimônio da União (STU) revogou a autorização para a Prefeitura de Búzios usar “o espaço físico em águas públicas da União” no cais do Centro da cidade, mas dessa vez, diferente da ação de 10 de fevereiro em que as embarcações podiam sair entrar normalmente, o cais está realmente interditado.
O cais, além de ser quase um ponto turístico, onde as pessoas vão passear e tirar fotos, é o local de atracação dos barcos e lanchas que transportam à terra os passageiros que chegam em transatlânticos. E, obviamente, das escunas e dos táxis aquáticos que levam os turistas às praias mais distantes. Com a interdição estão todos embarcando e desembarcando no caís público da Praia da Armação, menor em tamanho e sem condições de absorver toda a demanda atual de Transatlânticos.
Na última temporada , que terminou em abril, cerca de 80 transatlânticos desembarcaram na cidade. Uma parte non cais privado na Praia da Armação pertencente ao empresário Cadu Bueno, e outra no caís do centro, que é público.
É a partir de julho deste ano que começam as negociações com as empresas de transatlânticos para as escalas em Búzios para a próxima temporada, e o que preocupa o governo e comerciantes da cidade é que só o cais do Cadu Bueno esteja apto para receber os turistas, que não é suficiente para receber todos de uma vez, o que teria um grande impacto negativo na economia da cidade.
O ofício assinado pelo secretário do Patrimônio da União, Sidrack de Oliveira Correia Neto, responde a uma denúncia feita pelo empresário José Wilson Barbosa, proprietário de uma loja no Cais privado de Cadu Bueno, que alega que o caís do centro não tem a documentação necessária para funcionar e ainda corre risco de cair. Apuramos e descobrimos que nenhum dos caís públicos da cidade tem a documentação necessária para funcionar, no entanto as medidas de interdição sempre são voltadas para o caís do centro.
A palavra do Governo de Búzios é de que a documentação está sendo providenciada e que esse problema é uma herança dos governos passados. Sobre o risco de cair, a Prefeitura não confirma, diz que o caís atende as normas de segurança e já foi periciado e é seguro.