Empresários buscam retomada com reabertura do comércio
Mesmo com a queda de 80% nas vendas em todo o comércio de Cabo Frio, o empresariado acredita na reconstrução e retomada dos negócios. A presidente da Associação Comercial, Industrial e Turística de Cabo Frio, Patrícia Cardinot entende que “quem gera dinheiro na cidade não é apenas o turismo. São as empresas no geral”. E para isso, defende a necessidade de uma reconstrução econômica fortalecendo todas as empresas existentes na cidade.
A empresária defende a necessidade de união em torno da economia. “Tivemos queda de 80% até 100% nas vendas, atingindo principalmente os setores de vestuário e prestadores de serviço. Por outro lado, vimos o crescimento nessa pandemia das vendas em farmácia e lojas de produtos de limpeza”, detalha.
Em pesquisa feita pela associação, 30% das empresas locais não retornaram às atividades, sendo que 10% se deve por falta de acordo entre os donos das firmas e os locadores dos imóveis em que estão estabelecidos. “Precisamos chegar a um entendimento, para que todos ganhem”, pontuou a dirigente empresarial.
A ACIA juntamente com associações comerciais de Friburgo e Nova Friburgo realizaram recentemente pesquisa junto ao empresariado e detectaram que, 72% do empresariado cabo-frienses estão incertos do amanhã diante das ações adotadas pela administração municipal, que hora libera e cancela a abertura das atividades comerciais, a cada subida dos casos de Covid-19.
Essa incerteza se reflete também nos índices de empregabilidade. Este ano, em Cabo Frio, foram contratadas 5.062 pessoas. Em contrapartida, as demissões estão na casa das 7.427. Com isso, a cidade contabiliza menos 2.427 postos de trabalho, que impacta significativa na economia, pois com esse desemprego, o efeito dominó se faz presente desde as vendas até no recolhimento de impostos, já que o desempregado não tem dinheiro para gastar ou pagar suas dívidas.
A associação para dar suporte ao empresariado local além de cursos, palestras, tornou-se uma facilitadora em conversações e acordos entre a prefeitura e a classe, assim como junto aos bancos, governos estadual e federal e também ao Sebrae e Firjan.