Entre os apontamentos estão falta de diálogo, retrocessos na atuação da Guarda e atrasos no Programa Bandeira Azul
por Paulo Roberto Araújo
Apesar de o governo estar apenas no começo, os moradores, veranistas e ambientalistas do Peró não estão satisfeitos com o desempenho da Prefeitura nos primeiros 30 dias da administração José Bonifácio. Eles reclamam da falta de diálogo e de retrocessos na atuação da Guarda Municipal e da fiscalização de Posturas; e, cobram mais atenção ao programa Bandeira Azul, cujos coordenadores ainda não foram nomeados pela nova gestão.
O foco das reclamações é a desativação de serviços deixados pela administração passada, como o patrulhamento com motos; o projeto Bike Orla; e, a base operacional da Praça do Moinho, que estava fechada no domingo, dia de grande movimento no bairro. Procurada, a Prefeitura não respondeu se os serviços voltarão a funcionar.
— A parte operacional da administração está confusa. As cobranças ainda são prematuras, mas o prefeito precisa conversar mais com as pessoas. No quadro atual, todo mundo acha que pode tudo, o que leva à desordem. Nós queremos ajudar, mas o prefeito precisa ouvir aqueles que defendem o Peró e não seus interesses pessoais. – disse o hoteleiro Roberto Saci, lembrando que até hoje o prefeito (que está afastado da prefeitura porque contraiu Covid-19) não atendeu ao pedido de audiência feito pelos Amigos do Peró.
A comunidade do Peró também reclama da falta de fiscalização na praia e na Praça do Moinho, que está tomada de barracas, até nas ruas e nas calçadas. No domingo, não havia guardas municipais (a cabine da praça estava fechada) e apenas três guardas marítimos cuidavam da orla no Peró na Praia das Conchas. Banhistas praticavam esportes em áreas protegidas e ambulantes se fixaram em áreas de maior movimento.– Sem fiscalização, a desordem impera e os carros invadem o calçadão, pondo em risco idosos e crianças. É preciso reforçar a fiscalização para coibir os abusos. O Conselho Gestor do programa Bandeira Azul teve sua última reunião há mais de três meses e é muito preocupante saber que o programa ainda está sem coordenadores – lamentou o biólogo Octávio Menezes, acrescentando que até agora não se viu no Peró ações da Secretaria.