Nessa última quinta-feira (30) manifestantes realizaram atos em protesto pelos cortes na Educação. As manifestações aconteceram em Cabo Frio e Macaé. Foi o segundo dia de protestos pelo país contra os cortes anunciados pelo governo Bolsonaro para o setor. Em Cabo Frio, a movimentação começou por volta das 17h na Praça Porto Rocha, no Centro.
Durante o protesto, a reforma da Previdência também esteve em pauta. A ação aconteceu em forma de aula pública e adesivos foram entregues para os presentes. A Polícia Militar reforçou o policiamento no entorno da praça. Camile Paiva, umas das lideranças da Unidade Popular (UP) considerou a manifestação positiva. “Foi bem positiva, deu o número esperado. Mas estamos com uma expectativa maior ainda para a greve geral do dia 14 de junho. O protesto teve de 200 a 500 pessoas”, disse.
Professores e estudantes participaram da manifestação, caminhando pelas ruas da cidade, levando cartazes e faixas. Palavras de ordem foram entoadas pelos presentes. O ato em Cabo Frio contou com alunos de cidades vizinhas, como Búzios, Arraial do Cabo e São Pedro da Aldeia. Diego Carvalho, estudante de Búzios, acredita que “o número foi esperado e a manifestação foi positiva. Servidores, professores e estudantes juntos defendendo a educação”, revelou.
No Norte Fluminense, os protestos ocorreram em Macaé, a partir das 14h, e contaram com a presença de petroleiros, professores, servidores e estudantes do município. Rodas de debates foram feitas para discutir a reforma da Previdência e o corte na educação. A concentração foi no Calçadão, no Centro, e o grupo caminhou pela área central da cidade. A PM também reforçou o policiamento no entorno.
Os cortes
Em decreto no mês de março, o governo Bolsonaro bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019 e contingenciou R$ 5,8 bilhões da educação. Desse valor, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) suspendeu a concessão de bolsas de mestrado e doutorado e os cortes motivaram os protestos de 15 de maio. Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a educação, mas manteve o corte já anunciado em março e nesta quinta, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomendou que o governo reveja os bloqueios.