Às vésperas da aguardada virada do ano, Cabo Frio, um dos principais destinos na Região dos Lagos, surpreendeu moradores e turistas ao cancelar a tradicional queima de fogos. A decisão, tomada pela prefeita Magdala Furtado, desencadeou uma série de polêmicas que envolvem questões legais, ambientais e políticas.
A gestora municipal anunciou a medida por meio de um vídeo nas redes sociais, explicando que a Câmara Municipal não colocou em votação um projeto que tornaria a festa ainda mais grandiosa. A justificativa principal foi o impedimento pela presidência da câmara para colocar o projeto na pauta, resultando na ausência dos fogos de artifício na celebração do Réveillon.
“Eu, enquanto prefeita, eu tenho a grande responsabilidade de tomar decisões dentro do escopo legal mesmo sabendo que, por vezes, elas podem ser mal interpretadas ou alvo de críticas infundadas, visando desestabilizar a minha posição enquanto gestora. No que diz respeito à celebração do Ano Novo, infelizmente, meus amigos, nós fomos impedidos pela presidência da Câmara que não colocou em votação nosso projeto que, é claro, tornaria a nossa festa ainda mais linda. Com isso, o Réveillon de Cabo Frio, infelizmente, não terá fogos de artifício”, disse em um vídeo gravado
O imbróglio começou quando a Justiça acatou um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro para proibir fogos com estampido, baseando-se na Lei Municipal n. 3.632/2022, que limita o barulho em artefatos pirotécnicos em festividades. A promotora Vinicius Lameira Bernardo, em recomendação à prefeitura, destacou os transtornos causados à comunidade, especialmente a animais e pessoas sensíveis ao som.
Além da proibição, estava previsto multa de R$ 500 mil por evento, além da multa pessoal ao chefe do executivo municipal, de R$ 250 mil por festa. Diante da situação, a prefeita solicitou à Câmara Municipal a revogação da lei que restringe os fogos, argumentando contra a proibição e alegando prejuízos à festividade e à economia local, além da empresa contratada para fornecer os fogos já estar preparada para oferecer fogos com efeitos sonoros,. Contudo, os vereadores acataram a recomendação da Promotoria e, em resposta, foram exonerados três mil servidores comissionados, indicados pelos próprios vereadores.
O setor hoteleiro, temendo prejuízos com o cancelamento dos fogos, manifestou preocupação. A prefeita, por sua vez, assegurou à população que a passagem de ano em Cabo Frio será um momento de união, celebração e reflexão, mesmo diante da polêmica e da alegada retaliação política.
O presidente da Câmara Municipal, Miguel Alencar, tornou pública uma nota nas redes sociais criticando a falta de organização e planejamento da prefeitura na contratação da queima de fogos, enfatizando a ausência de uma licitação apropriada para fogos sem estampido, conforme as normas vigentes.
SHOWS ACONTECERÃO NORMALMENTE
Os shows acontecerão normalmente nospalcos estão montados na Praia do Forte e no Pontal de Santo Antônio, em Tamoio. A cantora sertaneja Paula Fernandes comandará a festa na Praia do Forte. A abertura da noite fica com a cantora Raylane Mendes, às 21h. Em Tamoios, a noite da virada do ano será com o Grupo ImaginaSamba. O primeiro dia do ano será marcado por shows gospel: Samuel Messias na Praia do Forte e Marquinhos Gomes em Tamoios, ambos às 21h. Além disso, a programação inclui apresentações locais de Felipe Guebel no primeiro distrito e DJ Carlinhos no Pontal de Santo Antônio, a partir das 15h.