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Cabeça de Porco pode ter alguns significados e o que veio para desenrolar a ideia seria Cabeça de Porco como moradias coletivas insalubres, o cortiço. Aliás, Cabo Frio é infestado de cortiços, cabeças de porco, porém, hoje, vejo o Brasil sendo um grande exemplo dessa significação.

Um País dos ruídos em que as informações, seja de que maneira for, se tornam hegemônicas e perdem importância numa velocidade extrema. Uma parede fina de barulhos diversos, nos quais nossos ouvidos estão cada vez mais destreinados para identificar o que o ocorre. Literalmente estamos interpretando sombras, viramos analistas do nada para se ter um tudo, o tudo baseado nas nossas crenças, pouco credíveis, nos nossos tempos.

Como ativista antirracista, quando me pego com a notícia de mais um trote racista – UFRJ/Macaé e a consequente negação do ato e total insensibilidade de uma comunidade diante do fato, com as pessoas acreditando piamente que estão tendo importância nos apontamentos de um programa de TV, com as preferências induzidas, me faz ter desesperança.

Até porque quando estamos nas rodas de conversa de atividades antirracistas, o discurso de que somos todos humanos e de que origem de uma ou outra é suja, ainda é voga. Pessoas, as ditas profissionais liberais, com suas formações, trabalhos e salários razoáveis.

E estamos na onda da cortina de fumaça, por conta de declarações estapafúrdias de membros do Executivo Nacional e seu mimetismo com o nosso cotidiano, pois, a fumaça é tóxica. O cheiro fétido entranha, é aquele esgoto a céu aberto nosso quintal coletivo, que deixa nossos passos mais lentos, nosso raciocínio mais falho.

Nas falhas, vivenciamos mais uma das crises cíclicas do capital, com o plus do corona vírus e o medo dos grandes centros de produção entrarem em colapso de forma mais rápida, porque o colapso do modelo era algo previsível, com o adendo de quem é contra, não conseguir formular nenhuma estratégia eficaz de superação, além da truculência e engessamento da razão.

Aí reside minha desesperança, no quanto nossas lutas são além do campo imagético, apesar de o campo imagético ser tão decisivo para se mover de um lado para o outro. Nossa incapacidade de intervenção, pressão e tomada do controle é o nosso momento, nosso lamento, nossa frustração.

Quando leio de um aluno do primeiro ano do Ensino Médio, o relato desesperado de que não tem a mínima ideia do que fazer quando terminar o ciclo de estudos fundamental, percebo que todas as fórmulas, manuais, opções e condições a se oferecer pra viver nessa sociedade são insuficientes. E isso a própria Economia e os breaks das Bolsas mostram isso.

A desesperança é importante para nos localizarmos no tempo-espaço e assim nos percebemos numa comunidade de paredes finas que precisa resolver a questão da insalubridade mais rápido possível, porque os vírus da barbárie está próximo de invadir nosso sistema imunológico. Conseguiremos transformar nossa Cabeça de Porco?

*Fabio Emecê é professor da Rede Estadual de Ensino, Mc, Poeta e Ativista Antirracista

Cabeça de Porco

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Cabeça de Porco pode ter alguns significados e o que veio para desenrolar a ideia seria Cabeça de Porco como moradias coletivas insalubres, o cortiço. Aliás, Cabo Frio é infestado de cortiços, cabeças de porco, porém, hoje, vejo o Brasil sendo um grande exemplo dessa significação.

Um País dos ruídos em que as informações, seja de que maneira for, se tornam hegemônicas e perdem importância numa velocidade extrema. Uma parede fina de barulhos diversos, nos quais nossos ouvidos estão cada vez mais destreinados para identificar o que o ocorre. Literalmente estamos interpretando sombras, viramos analistas do nada para se ter um tudo, o tudo baseado nas nossas crenças, pouco credíveis, nos nossos tempos.

Como ativista antirracista, quando me pego com a notícia de mais um trote racista – UFRJ/Macaé e a consequente negação do ato e total insensibilidade de uma comunidade diante do fato, com as pessoas acreditando piamente que estão tendo importância nos apontamentos de um programa de TV, com as preferências induzidas, me faz ter desesperança.

Até porque quando estamos nas rodas de conversa de atividades antirracistas, o discurso de que somos todos humanos e de que origem de uma ou outra é suja, ainda é voga. Pessoas, as ditas profissionais liberais, com suas formações, trabalhos e salários razoáveis.

E estamos na onda da cortina de fumaça, por conta de declarações estapafúrdias de membros do Executivo Nacional e seu mimetismo com o nosso cotidiano, pois, a fumaça é tóxica. O cheiro fétido entranha, é aquele esgoto a céu aberto nosso quintal coletivo, que deixa nossos passos mais lentos, nosso raciocínio mais falho.

Nas falhas, vivenciamos mais uma das crises cíclicas do capital, com o plus do corona vírus e o medo dos grandes centros de produção entrarem em colapso de forma mais rápida, porque o colapso do modelo era algo previsível, com o adendo de quem é contra, não conseguir formular nenhuma estratégia eficaz de superação, além da truculência e engessamento da razão.

Aí reside minha desesperança, no quanto nossas lutas são além do campo imagético, apesar de o campo imagético ser tão decisivo para se mover de um lado para o outro. Nossa incapacidade de intervenção, pressão e tomada do controle é o nosso momento, nosso lamento, nossa frustração.

Quando leio de um aluno do primeiro ano do Ensino Médio, o relato desesperado de que não tem a mínima ideia do que fazer quando terminar o ciclo de estudos fundamental, percebo que todas as fórmulas, manuais, opções e condições a se oferecer pra viver nessa sociedade são insuficientes. E isso a própria Economia e os breaks das Bolsas mostram isso.

A desesperança é importante para nos localizarmos no tempo-espaço e assim nos percebemos numa comunidade de paredes finas que precisa resolver a questão da insalubridade mais rápido possível, porque os vírus da barbárie está próximo de invadir nosso sistema imunológico. Conseguiremos transformar nossa Cabeça de Porco?

*Fabio Emecê é professor da Rede Estadual de Ensino, Mc, Poeta e Ativista Antirracista

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