No ano seguinte, em 2019, o clube foi federado, e começou a competir profissionalmente. Apenas confederados podem disputar o campeonato brasileiro da modalidade e com uma boa classificação em torneios nacionais, garantindo vagas para competições internacionais. Na categoria velocidade, em Niterói, no começo de 2019, o Búzios Va’a conquistou duas medalhas: uma de prata de uma de bronze com a equipe 60+. “São lindas meninas com mais de 60 anos, que remando garantiram vaga pro mundial no Havaí. Vão representar o Brasil no mundial de 2020”,falou Rômulo.
Leonardo Thibau, um dos atletas do Búzios Va’a na categoria 40+ fala sobre o seu início na canoa e sobre a equipe. “Iniciei o remo na canoa havaiana há 4 meses, mas surfo desde criança o que facilita no aprendizado do esporte. Búzios Va’a representa para mim uma família, onde todos buscam ajudar uns aos outros no aperfeiçoamento da remada e na evolução como um clube campeão e formador de atletas de ponta”, disse.
Leo, como é conhecido no grupo, diz acreditar muito no potencial do clube e se considera um competidor de alto rendimento. “Me considero um atleta privilegiado por remar no primeiro Clube de Va’a da nossa cidade. Treino forte para um dia estar entre os melhores remadores da categoria 40+, sob o comando do Capitão Rômulo e de sua esposa Nat. Nossos treinos são fortes e sempre evolutivos. Em breve nosso clube trará muitas medalhas e títulos para Armação dos Búzios”, afirmou.
Evelyn Augusta, uma das atletas que conquistaram a medalha de bronze na última etapa do estadual da modalidade conta como foi o seu começo no esporte. “Há onze anos me mudei para Búzios. Vi em Cabo Frio as canoas havaiana, me interessei por elas e comecei a remar. Eu ia à Cabo Frio para remar às 6h. Estava construindo a minha casa e ao final de dez meses minhas idas se tornaram inviáveis. Dez anos depois soube que haviam criado em Búzios um clube, o Búzios Va’a. Me inscrevi e já estou na equipe há 2 anos, caminhando para o terceiro. O clube para mim é um lugar onde treino o esporte que gosto, encontro pessoas com um objetivo comum e onde conheci pessoas muito especiais”, explica.
A esportista revelou, ainda, seguir aprendendo com o esporte. “Me considero uma atleta dedicada, aprendendo no Búzios Va’a. Sempre fiz esportes. Há algum tempo já fazia esportes solitários. A canoa me trouxe a convivência com outros atletas, a aceitação do outro e a adaptação com as diferenças. Um crescimento como ser humano. Compartilhar vitórias e derrotas é muito importante, e remar em Búzios é um privilégio”, finalizou.