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Buzios – uma cidade com bancos quebrados

 

Por Anna Bina

imagens de bancos na Praça Nicomedes tiradas no dia 11/12.2017

 

Hoje, recebi este email-desabafo de uma amiga:

“Estou amamentando e aonde vou com meus filhos, não consigo sentar para poder fazer meu trabalho de mãe sem esforço! Sumiram todos os assentos da nossa cidade e a gente não pode sentar! Um ato tão simples e cotidiano ficou quase impossível em Búzios! Não têm mais bancos na Praça Santos Dumont, não têm na Praça da Escola Nicomedes e por aí vai… a verdade é que os bancos existem, mas estão destruídos ou lhes falta manutenção. O mesmo acontece com a pracinha perto do Mica, uma vergonha!

O Porto do Barra também não tem mais assentos públicos, são só dos restaurantes; eu sei que este é um espaço privado, mas não dá gente!, não se pode apenas passear com a família sem ter que consumir!!?? Acho um absurdo e uma falta de respeito ao espírito de Búzios, cidade acolhedora, linda e agregadora. Está ficando difícil : ou você tem grana para sair de casa e sentar ou não têm grana e acaba tendo que sentar na calçada mesmo, como fazem muitos dos que frequentam as praças de noite!

Enfim, amiga, precisava desabafar, hoje fiquei cansada e indignada porque ninguém fala dos assentos! Acho uma falta de respeito com o cidadão e com o turista , a cidade não oferecer bancos. Falo com todo respeito por esta cidade linda que acolhe a gente com tanto amor e alegria! Envio umas fotos que tirei da Praça hoje! Estou triste, sinto que Búzios aos poucos está perdendo seus encantos e não vemos respostas das autoridades competentes…” (Belen)

Minha amiga me fez parar para olhar a cidade e o ato de sentar.

A grande graça de uma praça ou de uma cidade é o banco. O banco é redentor, para quem cansa, para quem amamenta, para quem pára ou espera, para quem burla o cotidiano que nos atravessa veloz. Além de servir a quem espera ou descansa, o banco estimula a conversa, a imaginação e o encontro entre as pessoas.

Os índios dizem que um dos atos mais importantes para o ser humano é o sentar e meditar. Afirmam que quem não tem um banco para sentar é amalucado.

O ato de sentar no espaço público é inspirador. Um banco é um convite para ficar mais tempo na rua, observando e fruindo a cidade.

Búzios tem cada vez mais praças, mas faltam bancos … Assim como faltam iluminação à noite, sombra de dia e lixeiras. Faltam, na verdade, manutenção e cuidado com o espaço público .

– A gente nota que Buzios está se tornando um lugar em que você só pode sentar em espaços privados. Mas a gente tem que começar a pensar a nossa cidade de outra forma. A gente se preocupa muito com o nosso  espaço particular, mas o maior patrimônio de uma cidade é o seu espaço público. Se a rua acolhe as pessoas, com bancos e iluminação, os moradores e turistas vão pra rua e isso gera mais segurança e alegria na cidade. A cidade fica aprazível, alegre, viva. É o espaço público que agrega os cidadãos e para isso, ele não pode estar degradado, sujo, fedido, escuro e inseguro.

 

Aliás, Buzios cresceu com os antigos sentados em cadeiras ou espreguiçadeiras em frente de suas casas para jogar conversa fora, pegar a fresca da tarde ou ver o movimento da rua. O espaço público era simplesmente a continuação do espaço privado. Existia uma relação de afeto com a rua, a cidade era nossa.

 

Hoje, o espaço público não tem mais lugar. A cidade está triste, escura e com medo.

 

Talvez nossos gestores nem tenham se dado conta da importância de bancos para o povo sentar, talvez usufruam pouco do espaço público.

 

Mas nós podemos fazer uma campanha pela volta dos bancos na cidade!

Podemos postar no facebook fotos dos bancos, praças e calçadas por onde passamos. Podemos cuidar das nossas praças. Podemos também sair com nossos bancos a tiracolo e sentar nas praças para fruir, ler um livro ou ver as gentes passar.

Tudo vale.

Fica aí de estímulo a reflexão e o convite.

 

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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