Faltando poucos dias para o início oficial do verão, uma das épocas mais aguardadas pelos turistas que escolhem Búzios como destino, o município enfrenta um alerta ambiental. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) divulgou um relatório apontando que sete praias da cidade estão impróprias para banho: Canto, Armação, Ossos, Azeda, João Fernandes, Ferradura e Tartaruga. O boletim é do dia 13 de dezembro publicado no site do instituto.
A análise revelou a presença de coliformes fecais nas águas dessas praias, o que representa um risco à saúde de banhistas, podendo causar doenças. O órgão recomenda que turistas e moradores evitem nadar nas áreas indicadas como impróprias no boletim oficial.
O instituto realiza coletas duas vezes ao mês e ressalta que fatores como chuvas, poluição e descargas de esgoto influenciam diretamente na qualidade da água. Por isso, é essencial que moradores e turistas consultem os boletins atualizados no site oficial do órgão antes de se dirigirem às praias: www.inea.rj.gov.br.
Por meio de nota, a Prefeitura de Búzios informou que os resultados negativos refletem uma situação temporária, provocada pelas chuvas intensas que antecederam as coletas. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, a balneabilidade costuma se normalizar entre 24 e 48 horas após as chuvas. “As águas têm um processo natural de depuração, e realizaremos novas análises em dias de tempo estável para confirmar a recuperação das condições de banho”, explicou Evanildo Nascimento, secretário do Meio Ambiente.
O secretário também destacou que uma análise independente realizada pelo Laboratório Oceanus, antes do período chuvoso, apontou balneabilidade positiva em praias como Forno, Azeda, Tucuns, Tartaruga, João Fernandinho e José Gonçalves. Ele reafirmou que, ao longo do ano, as praias de Búzios apresentam, em geral, excelente qualidade para banho.
A Concessionária Prolagos, responsável pela coleta e tratamento de esgoto na região, informou por meio de nota que o sistema de esgotamento utilizado em Armação dos Búzios é misto, com o uso de rede separativa exclusiva para transporte de esgoto e captação das redes de drenagem para coleta em tempo seco. Quando há chuvas mais fortes, para que as cidades não alaguem, parte do material da drenagem é destinado ao corpo hídrico.
Em locais onde há rede separativa, os moradores devem promover a interligação do imóvel à rede pública disponível. Nas localidades onde não há rede de esgoto, o Código de Postura Municipal determina que os imóveis sejam ligados ao sistema próprio de fossa e filtro.
A empresa ressaltou ainda que durante o período citado, a Região dos Lagos foi atingida por fortes chuvas, que carregam para o corpo hídrico impurezas acumuladas em galerias pluviais, como lixo, detritos, inclusive contribuições clandestinas de esgoto de imóveis.
Como forma de conscientizar os moradores, nos últimos anos, a empresa tem apoiado o município no programa ‘Esgoto Zero’ de combate à ligações irregulares de esgoto.