Búzios foi destaque nesta terça-feria (9) na Coluna Gente Boa, de O Globo, por ser a primeira cidade da Região dos Lagos a ter uma paciente autorizada pela Anvisa a importar, portar e usar remédio à base de canabidiol. O medicamento vem dos Estados Unidos e a paciente foi vítima de um AVC. “É a primeira vitória. Agora vamos continuar lutando para conseguir plantar e fazer a produção da cannabis medicinal aqui na cidade”, disse à Cleo Guimarães (que assina a coluna) o advogado Hamber Carvalho, ativista que está à frente do movimento pela liberação do plantio em Búzios.
Fundada no dia 27 de agostode 2017, após audiência pública com o tema “O uso da Cannabis Medicinal”, a AMACANABIS, que é “Associação Para Uso da Cannabis Medicinal no Município de Armação dos Búzios”, é, como o próprio Hamber explicou em entrevista ao Prensa, uma uma iniciativa, acima de tudo, de solidariedade com o próximo. “O objetivo principal é aliviar a dor das pessoas. “, disse.
Após a publicação da nota do Globo Hamber postou em seu perfil no Facebook convocando mais pessoas para se juntarem a luta:
“Vamos plantar muita maconha sim, pois nossa agricultura, indústria farmacêutica e a pesquisa e a ciência do país, não podem se subjugar aos carteis de medicamentos internacionais que enfraquecem nossa economia, desempregam nossos trabalhadores e roubam nossas divisas.
Vamos resistir a tecnologia importada pela ANVISA que privilegia 11 empresas estrangeiras em detrimento dos produtores e empresas nacionais e inacessível ao cidadão comum que tem que pagar até R$ 2.800,00 por um vidrinho de canabidiol que mal dá pra 2 meses de tratamento.
Vamos a luta sim, a favor e reforçando a metodologia e a produção artesanal do cultivo da maconha produzida por milhares de jovens rebeldes deste país, que não se curvaram ao trafico de drogas, nem ao esculacho do sistema, pois cansaram de tomar tapa na cara de um Estado policial extremamente corrupto e violento.
Vamos a luta sim, a favor da FIOCRUZ, das Universidades e das próprias forças armadas, através de seus laboratórios que estão mais que capacitados para produzir um medicamento genuinamente nacional e de excelência.
Vamos a luta sim, a favor da redução de danos, pelo alivio da dor e pelo direito de ser feliz.”