A notícia, que deveria mobilizar a população e autoridades de Búzios, foi publicada pela Prensa de Babel, e vale comentar. Na matéria ficamos sabendo que, mesmo com verba destinada por emenda parlamentar, projeto pouco avançou nos últimos meses.
Isso significa que se corre o risco de que uma alça viária, vindo a partir do bairro Maria Joaquina, passando pela Baía Formosa e saindo na estrada Búzios-Cabo Frio, de frente para a entrada do Caravelas, que torna viável a aplicação do Plano Diretor para um crescimento ordenado com mobilidade geral para o município, não se torne realidade.
O que espanta é que essa questão não esteja na pauta de prioridades do momento, e não só do Poder Público, mas de todos os setores do município. Por que?
Está alça é a única chance que temos de salvar Búzios do estrangulamento do trânsito unindo os bairros por meio de um crescimento planejado, e ainda devolver o bairro Rasa e adjacências a seus moradores, já que o trafego pesado passará ao largo daquela região que tem também potencial turístico pouco explorado e que pode ser revitalizada, por similaridade, devido os investimentos privados nas proximidades.
Esqueçam que eu participei do processo lá atrás traçando a linha (na verdade já bem definida pelo Plano Diretor). Essa estrada não pode ser tratada como um capricho a ser executado ou não. Ela é uma tabua de salvação para o presente de Búzios. Já que o futuro foi discutido há quase duas décadas atrás.
Octavio Raja Gabaglia, o Otavinho, é arquiteto e urbanista, autor da lei que limita as construções de Búzios em apenas dois andares