Após suspeitas de corrupção na compra de vacinas e repercussão da CPI da Covid-19, brasileiros se unem em meio a uma manifestação de urgência
Os municípios de Casimiro de Abreu, Macaé e Búzios participaram da agenda de atos nacionais de urgência contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, neste sábado (3). As manifestações ocorreram por todo o Brasil, com participação de entidades estudantis, movimentos sociais, sindicatos e população. Os protestos são resultado da indignação popular sobre o governo Bolsonaro e as decisões tomadas diante da pandemia, agravadas com as suspeitas de corrupção na compra da vacina Covaxin e repercussão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.
No município Casimiro de Abreu, as manifestações ocorreram no distrito de Barra de São João e contou com a presença de 50 pessoas, segundo a organização. Ao final, o grupo promoveu o plantio de árvores nativas de Mata Atlântica às margens do Rio São João, em homenagem aos moradores que morreram vítimas de Covid-19. O ato ficou concentrado na Praça as Primaveras.
Em Macaé, cerca de 500 pessoas participaram da manifestação, de acordo com a organização. O protesto promoveu uma caminhada da Praça Veríssimo de Mello até a Washington Luiz, pelo calçadão. Segundo Miriam Amaral, dirigente sindicalista, “as manifestações estão crescendo, da mesma forma que a oposição cresce agressivamente com muitos xingamentos”. Os protestos foram alvos no Facebook de postagens negativas e xingamentos.
A cidade de Búzios participou da agenda com aproximadamente 60 pessoas, contabilizadas pela organização. A programação contou com apoio da Guarda Civil Municipal. A manifestação ocorreu em frente ao Porto da Barra, em Manguinhos. Os manifestantes gritavam palavras de ordem e não houve caminhada, apenas uma movimentação no local.
As pautas levantadas nos atos foram a aceleração no processo de vacinação, Fora chapa Bolsonaro e Mourão, volta do auxílio emergencial no antigo valor de 600 reais, medidas sérias para combater a pandemia e o atual assunto do aumento da conta de luz.
O Governo Federal tem vivido sobre pressão popular desde o início das manifestações em maio. A sequência de atos tem acontecido tanto nacionalmente quanto no exterior. Brasileiros que vivem em outros países como Alemanha, Canadá, Espanha e entre outros aderiram a agenda.
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Monique Gonçalves.