Uma parceria entre igrejas e Poder Público pode ser o primeiro passo
Dados do Ministério do Turismo (MTur) demonstram que o setor de turismo religioso ou turismo de fé específico movimentou mais de 15 milhões de reais, evidenciando sua importância para a economia nacional, sobretudo em tempos de crise. Anualmente, diversas pessoas procuram por roteiros de fé: tanto pela experiência espiritual, quanto pelas maravilhosas celebrações que acontecem pelo país afora. Multidões se deslocam em feriados importantes como a Páscoa, Finados e o Natal, para acompanhar de perto essas manifestações religiosas. E isso, é claro, ajuda a movimentar a economia e gerar emprego do setor turístico de muitas cidades brasileiras.
Diante desse quadro e com objetivo de estimular o turismo religioso em Búzios, o presidente do Búzios Convention e Visitors Bureau (BúziosCVB), empresário Thomas Weber, conversou esta semana, com Luiz Romano de Souza Lorenzi, 39 anos, nascido e criado no centro da cidade, técnico em turismo, ex-secretário de Cultura de Búzios; e historiador com profundo conhecimento religioso. Ele foi responsável por toda a pesquisa do belíssimo livro “Búzios”, de Aírton Guimarães, lançado em 2015. Em pauta, o resgate do turismo religioso em Búzios visto como um “um bom negócio” para a Cidade.
Thomas Weber destaca a velocidade com que este segmento vem crescendo nos últimos anos:
“O turismo religioso é um grande negócio. Considerando apenas os Estados Unidos, estima-se que cerca de 25% do público que viaja interessa-se no turismo baseado na fé. Quando se soma a este número as pessoas que viajam para convenções baseados na fé, tais como casamentos, bar mitzvahs ou funerais, o número torna-se extraordinariamente grande. O segmento da viagem religiosa mundial é um dos setores em crescimento mais rápidos dos dias de hoje. A deslocação religiosa é estimativamente avaliada em 18$ bilhões de dólares e 300 milhões de .”
Por outro lado Romano lembra que esse tipo de turismo precisa funcionar com parcerias como, por exemplo, entre as igrejas e o setor Público.
“É preciso unidade entre o comércio local, administração pública e Paróquia de Sant’Anna e Santa Rita de Cássia. A Paróquia precisa entender que as nossas festas de Padroeiros precisam de uma “nova roupagem”, e essa roupagem é muito importante para dar beleza a essas manifestações de fé do povo buziano.”, contou Romano, acrescentando ainda, que os casamentos realizados nas Igrejas de Búzios, geram empregos.
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