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Búzios cada vez mais perto de implantar o monitoramento por câmeras em toda a Cidade

 

A onda de violência que vem em um crescente desde 2015, e que teve seu ápice no inicio deste ano, culminou em uma organização da sociedade local em torno da segurança pública

 

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Uma das reuniões do Coletivo de Segurança na sede da OAB – Búzios

 

Por Victor Viana

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O consultor de empresas José Carlos Alcântara é colunista do Prensa de Babel. Foto tirada horas após a tentativa de assalto .

Diante de uma crescente onda de assaltos, estupros, arrombamentos de residências, sequestros relâmpagos e outros atos de violência crescente na cidade de Búzios desde o ano passado, algumas medidas começaram a ser discutidas simultaneamente por diversos setores da sociedade para diminuir um índice que começou a torna-se evidente em junho de 2015, quando o consultor de empresas José Carlos Alcântara, de 66 anos, foi vitima de uma tentativa de assalto em sua casa, no bairro Geribá. Já passava da meia noite quando Alcântara teve sua casa invadida por um homem armado com um facão que forçou a porta e chegou a agredi-lo com golpes na cabeça- atingindo sua orelha. Diante dos gritos de socorro o bandido fugiu e não foi mais encontrado pela policia.

Houve muita mídia em torno do fato (ajudou o ocorrido ter sido em um bairro de classe alta – coisas semelhantes já vinha acontecendo em outras localidades do município e não tiveram a mesma repercussão) – recebi a informação em primeira mão e publiquei em O Diário da Costa do Sol e, como cidadão, também distribui aos colegas de outros veículos com o intuito que a notícia mobilizasse a sociedade e sacudisse as autoridades. Na ocasião algumas reuniões de moradores foram organizadas – alguns assaltos a residências aconteceram em outros bairros no mesmo período- no entanto, houve uma diminuição nos casos de assaltos e em pouco tempo a preocupação em torno da segurança se diluiu.

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O advogado Hamber Carvalho faz uso da palavra em audiência pública sobre segurança Pública na Câmara de Vereadores

Em meados de julho de 2015 a sensação de insegurança começou a tornar-se novamente comum no município, conhecido por ser um paraíso turístico, com notícias esporádicas de assaltos e arrombamentos, tendo novembro e dezembro atingido seu ápice com diversos assaltos a vans e também sequestros relâmpagos- até um arrastão aconteceu de assaltos no espaço de duas horas aconteceu. 2016 começou com mais assaltos e também uma sequência de estupros. A sociedade finalmente reagiu e, em primeiro plano, cobrando as autoridades – o policiamento chegou a ser reforçado em pontos estratégicos com o objetivo de evitar os assaltos. Um homem foi preso acusado de ser o responsável pelos dois últimos estupros que se tem noticia no início deste mês.  Em seguida entidades empresariais como Associação Comercial e o Convention Bureau juntaram-se em um acordo que denominaram de “Pacto”, simultaneamente um grupo de moradores – liderados pelo advogado Hamber Carvalho reuniu-se na sede da OAB e deu-se inicio ao Coletivo de Segurança de Búzios. Da simples cobrança a sociedade de Búzios parece neste momento ter decidido dar um passo adiante para protagonizar o processo.

O monitoramento por câmeras, uma unanimidade

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Prefeito André Granado com o o presidente da ONG Viver Bem

Nas discussões que se seguiram a poucas semanas que houve esse “levante” social em torno da segurança pública diversas propostas foram levantas, desde ações mais ostensivas por parte da polícia, passando pela sempre polemica proposta de armar a guarda municipal, até ações de ocupação cultural dos espaços públicos. Mas uma das propostas foi unanime em todos os setores envolvidos na discussão: o monitoramento por câmeras cobrindo todo o munícipio para inibir os crimes e ainda facilitar as forças de segurança a identificarem delitos que vierem a ocorrer em Búzios.

Há em circulação três propostas de monitoramento por câmeras no município. Duas delas seriam em principio oito câmeras cobrindo as entradas e saídas da península (Pórtico/Cem Braças) e a segunda incluiria câmeras no Centrinho e no Cruzeiro da Rasa. Esta última opção está aguardando orçamento.

A terceira proposta é da OAB/Búzios, que seriam oito câmeras espalhadas em diferentes pontos da cidade. O custo da proposta da OAB é de R$ 65.000 (câmeras e instalação) mais R$ 10.000 mensais de monitoramento e manutenção.

A do Pórtico/Cem Braças, aproximadamente, daria R$ 38.000 e R$ 9.000 respectivamente sendo que neste caso haveria possibilidade de vincular com aplicativos para dispositivos móveis que leriam as placas dos carros e dispararia um alerta, caso o carro fosse roubado. Para isto deveria haver convenio com o Detram para ter acesso ao banco de dados.

Após reunião entre representantes Coletivo de Segurança, o prefeito de Búzios André Granado, presidente da OAB-Búzios, presidente da Câmara de Vereadores, Comandante do 25º Batalhão, o Delegado da 127ª DP (Búzios), e representantes da classe empresarial, no dia 17, representares do Coletivo finalizaram a apresentação das propostas de segurança para a cidade colhida sem diversas reuniões abertas. Na mesma semana uma comitiva formada por representantes do coletivo e também de autoridades, entre elas o prefeito André Granado, foram a Niterói na última segunda-feira, dia 20, em visita ao Centro de Monitoramento, que é administrado pela ONG Viver Bem, e conta com mais de 150 câmeras de vigilância.

O prefeito de Búzios já havia informado em outras matérias sobre o mesmo tema – antes da formação do “Pacto” e do Coletivo de Segurança, que havia planos da implantação de um sistema de monitoramento na Cidade, inclusive a empresa de internet banda larga West teria disponibilizado sua rede de fibra ótica para este fim – precisava apenas das câmeras e a montagem da central. Hoje funciona no gabinete do prefeito uma micro central de monitoramento onde se pode ver tudo que acontece na parte externa e interna do Hospital Municial Rodolpho Perisé.

Centro de monitoramento no orçamento

Vale lembrar que no dia 03 de dezembro de 2015, o ex-vereador José Marcio, apresentou na câmara de Búzios a indicação de número 0188/2015 onde solicitava ao prefeito André Granado a instalação de um centro de operações e monitoramento para toda a cidade. Ainda naquele ano, o vereador conseguiu o apoio de todos do legislativo e juntos colocaram no orçamento de 2016 o valor de R$ 1.530.000,00 para implantação do centro de operação e monitoramento.

https://prensadebabel.com.br/index.php/2017/02/22/editorial-violencia-que-cidade-rica-nao-liga-nem-quer-saber/

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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