Mesmo após a forte clamor popular contrário os 7 vereadores comprometidos com o governo de Búzios nesta quinta-feira (6) votaram a suplementação de 7 milhões de reais, de onde quase 2 milhões seriam usados para construção de creches e reforma de escolas.
As manifestações contrárias a anulação desses investimentos para serem remanejados para cobrir gastos de empresas de coleta de lixo, capina, poda de arvores e varrição, entre outras, é composta em sua grande maioria por mulheres: estudantes, mães, professoras, e outros setores da sociedade civil organizada.
O que seu viu, além da apatia dos 7 vereadores com a população, foi a total agressividade por parte de assessores e cabos eleitorais de alguns dos parlamentares (alguns chegaram a encostar o dedo no rosto de uma manifestante), além da presença do grupo ostensivo da guarda municipal.
Os agentes públicos, do grupamento que porta armas de choque e de disparo de balas de borracha, estavam presentes e ostentando seu armamento, mesmo sendo visivelmente uma atividade democrática e com forte participação de mulheres. Aparentavam estar presentes mais para intimidar que dar proteção à população.
Na manifestação anterior, uma das manifestantes relatou – e chegou a prestar queixa na delegacia da cidade, que, de acordo ela e testemunhas, foi agredida verbalmente pelo marido da vereadora Joice Costa.
Após a audiência pública, realizada no dia anterior, onde apenas houve a atuação dos vereadores João Carlos, Lorram da Silveira e Gladys Nunes, um grupo de manifestantes conseguiu ser atendido, após o expediente, com o prefeito interino Henrique Gomes (DEM), na esperança de que ele retirasse o projeto de pauta. O projeto que foi votado pelos vereadores é de autoria do Executivo, e o prefeito interino poderia anula-lo.
Henrique afirmou que estudaria os apontamentos apresentados pelos manifestantes, mas foi claro de que não retiraria o projeto.
Os vereadores que ficaram conta o desejo da população foram: Valmir Nobre – Lorran – Miguel Pereira – Josué – Joice Costa – Niltinho de Beloca e Dida Gabarito. Só a vereadora Gladys Costa votou contra. O presidente da Casa, João Carlos (Cacalho), mesmo não podendo votar se posicionou contrário.