A atriz francesa Brigitte Bardot morreu neste domingo (28), aos 91 anos, confirmou sua fundação, sem divulgar local ou causa da morte. Bardot foi uma das figuras mais emblemáticas do cinema europeu das décadas de 1950 e 1960 e também ganhou notoriedade no Brasil por uma passagem histórica em Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, em 1964, que transformou a então vila de pescadores em destino turístico internacional.
Antes de sua estadia numa casa na Praia de Manguinhos ao lado do namorado Bob Zagury, Búzios era pouco conhecida internacionalmente. A presença da atriz atraiu fotógrafos e jornalistas, projetando o balneário para o mundo e impulsionando sua economia turística.
O impacto cultural desse episódio é lembrado por José Wilson Barbosa, presidente do Centro Cultural Memorial Brigitte Bardot em Búzios: “a partida de BB não é apenas a perda de uma celebridade, mas o adeus a uma parte de nossa própria identidade”, escreveu ele, destacando a elevação de Búzios de aldeia de pescadores a referência internacional de charme e turismo.
Na Orla Bardot, um dos principais pontos turísticos da cidade, há uma estátua de bronze da atriz feita pela escultora brasileira Christina Motta — obra erguida em 1999, que a representa sentada com uma mala, olhando para o mar. A escultura virou imagem icônica da ligação entre Bardot e o município.
Paralelamente, o escritor Victor P. Viana, autor do livro Octavio Raja Gabaglia – Criador do Estilo Búzios, prepara uma obra sobre a escultora Christina Motta, que eternizou Bardot em bronze à beira-mar, reforçando a permanência da atriz no imaginário buziano e no patrimônio cultural local.
Bardot deixa um legado complexo: além de ícone cinematográfico, sua visita a Búzios e a subsequente projeção internacional da península continuam sendo um capítulo marcante da história do turismo no Brasil.


