Felipe Araújo, secretário de Desenvolvimento de Cabo Frio, anunciou nesta semana que a Bandeira Azul da Praia do Peró será retirada no dia 15 de abril, após a Semana Santa. O anúncio foi feito durante uma reunião do projeto “Praia Limpa”, do Ministério Público Federal, com a presença do procurador da República, Leandro Mitidieri.
O encontro reuniu representantes do Inea, OAB, Associação de Engenheiros e Arquitetos (Asaerla), Prolagos, ONG Viva Lagoa, donos de quiosques, ambulantes, Associação da Costa do Peró, Amigos do Peró e vários órgãos da Prefeitura.
Felipe Araújo antecipou que as mudanças na orla estão passando por uma revisão de projeto, mas que serão amplas. “Serão muitas as mudanças que faremos para manter a nossa certificação. Estaremos, inclusive, fazendo um novo trabalho de conscientização com os quiosqueiros, que precisam entender que os quiosques são uma concessão pública, e se não se adequarem com os critérios do Programa Bandeira Azul, essas concessões poderão ser revistas”, afirmou.
As ações na Orla do Peró passarão, inclusive, pela construção de novos quiosques, sinalização turística, ordenamento, mobilidade e acessibilidade, envolvendo todos os agentes públicos responsáveis por pastas que, de alguma forma, estejam envolvidos nas intervenções necessárias.
Mario Flavio Moreira, coordenador de Meio Ambiente, também participou da reunião e anunciou um projeto de arborização no Peró, com a utilização de espécies nativas e que sirvam como fixadoras da areia, ao mesmo tempo em que forneçam sombreamento e permitam o lazer.
“O Bandeira Azul é um Programa sazonal, a certificação não dura o ano todo. Então temos que estar atentos para que os critérios já cumpridos não retrocedam e nos empenhar para a consolidação das modificações necessárias, fazendo o recredenciamento quase que um fato automático. Para que isso aconteça, é preciso que a sociedade também faça a sua parte”, explicou Mario Flavio.
O procurador da República Leandro Mitidieri, explicou que o Ministério Público estará acompanhando de perto as ações para a manutenção da certificação, agindo com rigorosamente em caso de desobediência ou vandalismo.
“Achei o episódio do veículo arrebentando a corrente um absurdo.Os quiosques também devem se enquadrar completamente, se responsabilizando pelo lixo que produzem, pois estão lucrando com as melhorias e têm que dar essa contrapartida. O Ministério Público estará, sempre, ao lado de quem defende o ordenamento e o meio ambiente”, finalizou.
Segundo comunicado da Prefeitura de Cabo Frio, a mesma irá realizar todas as adequações estruturais que garantam a volta da certificação para o próximo verão.
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