O auxílio emergencial, benefício que tem dado assistência a população de todo o país durante o período da pandemia do Covid-19, pode passar por mudanças nos próximos meses.
O Governo Federal tem estudado a possibilidade de reduzir o público alvo do auxílio, ao longo das próximas parcelas, até chegar ao número de beneficiários previstos para o novo Renda Brasil, o futuro programa social do governo que vai substituir o Bolsa Família.
O presidente Jair Bolsonaro tem ouvido lideranças políticas, e pretende anunciar os valores e a prorrogação do auxílio até a próxima terça-feira (25). Os estudos estão sendo realizados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que terá até segunda-feira (24), para apresentar os cálculos das propostas em discussão para que Bolsonaro defina as parcelas.
A renovação do auxílio emergencial para a população de baixa renda poderá ter um impacto adicional de até R$ 100 bilhões. De acordo com uma fonte que acompanha as negociações, há três propostas em discussão:
Uma alternativa seria a edição de um decreto e uma Medida Provisória (MP) para oferecer mais uma parcela de R$ 600 (setembro) e duas de R$ 300 (outubro e novembro).
O segundo caminho seria a edição de uma MP com mais quatro parcelas de R$ 300 (setembro a dezembro).
A terceira alternativa seria reduzir o público-alvo do auxílio emergencial ao longo das próximas parcelas até chegar ao número de contemplados previstos para o Renda Brasil.
Atualmente, o Bolsa Família atende 14 milhões de famílias. A ideia é que o Renda Brasil contemple cerca de 21 milhões de famílias, com aumento de um terço do público beneficiário.
O auxílio emergencial de R$ 600 foi criado como ajuda extra a desempregados, informais e beneficiários do Bolsa Família para fazer frente à pandemia. A despesa mensal do auxílio está em R$ 51,5 bilhões, e todos os gastos do governo para combater a pandemia e seus efeitos estão sendo bancados com o aumento do endividamento do País.