Após denúncia publicada no Prensa na última quarta-feira (13) sobre a construção de um deck no passeio da Orla Bardot, que gerou compartilhamento e comentários nas redes sociais, e que levou a Prefeitura até o local para averiguar a informação, fomos procurados pelo chef de cozinha Edario Oliveira, que há duas semanas atua com venda de água de coco no local alvo da denúncia.
Edario contou sua versão do fato:
“Meu objetivo em nenhum momento foi me apoderar do espaço público. Busquei revitalizar o jardim do local e coloquei madeira no espaço onde já é destinado a minha carrocinha de coco, e que servirá de espaço para pessoas até tirarem fotos no horário em que a carrocinha não estiver no local.”, explica Edario que trabalha com a carrocinha de coco das 8h às 17h de domingo à domingo na Orla, e afirma que ele mesmo irá fazer a rega das plantas.
Ele conta que na verdade no início não tinha licença para interferir no espaço público. Mas que foi incentivado,não disse por quem, a fazer a alteração do local seguindo o modelo do que fez, em parceria com empresários, no início da Orla.
“Lá , junto com o grupo Mancini, a Mil Frutas e o Zapata, refizemos o jardim com plantas nativas e flores. Quis fazer o mesmo aqui.”, reforça.
Após a nota do Prensa Edario conta que recebeu a visita do secretário de Segurança Pública e Serviço Público, Geraldo Barreiro Borges (Geraldinho), que pode constatar o que estava sendo feito no local. De acordo com Edario, o secretário agora deu autorização para a continuação do trabalho. Pedindo apenas alguns ajustes para que não fugisse do padrão urbanístico da cidade. Ele, o secretário, fiscalizará pessoalmente se o resultado final será mesmo a revitalização, e se está adequado.
“Tive a oportunidade de me explicar. De mostrar que estava pensando em melhorar o local para o turista, que é o que mantém Búzios. O ponto em questão encontrava-se descaracterizado como espaço de jardim. Não havia canteiro e nem mesmo gramado. O local fica em frente a uma paisagem de interesse turístico, é um pequeno mirante. Mas estava abandonado.”, afirma.
Edario diz que não entende porque um cidadão não pode colaborar com a cidade. “Por que tenho que esperar tudo da Prefeitura? Chamo os empresários e outros cidadãos pra se juntar comigo e revitalizarmos toda essa orla.”, declara e ainda continua: “Se deixar eu revitalizo tudo.Se tiver ajuda, fazemos a Praça Santos Dumont e os jardins na rua do Shopping Nº1, no centro.”.
O vendedor conta que por oito anos seu pai, que tem também um ponto de venda de água de coco no inicio da Orla, vendeu seu produto ali neste ponto da Orla Bardot. Mas por não ser permitido ter mais de um ponto de venda o local ficou por dois anos sem ser utilizado para este fim. Este ano Edario recebeu a licença para ele realizar a venda de água de coco no local.
Edario também explica que a madeira afixada no solo da orla tinha por objetivo, como se pode constatar na foto, servir de base pra prender dois bancos públicos. “Já tivemos casos de bancos roubados a noite. Acho que a critica ao que fiz foi maldosa. Poderiam ter vindo saber melhor o que eu pretendia fazer.”, finaliza.
Orla precisa ser toda revitalizada
Na visita ao local o Prensa identificou que o “deck mirante” precisa que recoloquem o batente de segurança e que madeiras precisam ser trocadas.