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Aumento dos casos confirmados de varíola dos macacos alerta para reforço dos protocolos em aeroportos da região

Um das pessoas que auxiliam esse controle sanitário e fiscalização na Costa do Sol é a bióloga Andreia Nogueira, que integra o posto da agência em Macaé.
Aeroporto de Macaé. Foto Reprodução Internet

Sobe para 11 o número de casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil. Os últimos três diagnósticos são de pacientes na cidade de São Paulo, local onde tem outros quatro casos. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde na terça-feira (21). No início do mês de junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a importância das medidas sanitárias em aeroportos. Na região, uma das pessoas que auxiliam esse controle sanitário e fiscalização é a bióloga Andreia Nogueira, que integra posto da agência em Macaé.
 

Andreia atua como apoio local para ações sanitárias no Polo da Anvisa em Macaé. Foto arquivo pessoal.

Desde 2019, Andreia atua como apoio local para ações sanitárias ligadas a áreas de aeroporto e desembarque no píer de embarcações, principalmente população on e offshore. Segundo ela, são feitos contatos diários com as administradoras dos aeroportos, além da elaboração de relatórios de passageiros que passam pela triagem. O trabalho é baseado nas Normas Técnicas estabelecidas pela Anvisa.

Entre as recomendações aos aeroportos, assim como portos e fronteiras, estão a utilização de máscara facial, distanciamento físico e higienização frequente das mãos, além da limpeza regular dos ambientes após sua utilização, é essencial para maior segurança dos viajantes e da população em geral.

Foto durante uma inspeção e coleta de amostras da água na plataforma. Foto arquivo pessoal.

“No dia 8 de junho tivemos um treinamento e capacitação online pelo Ministério da Saúde. As equipes das Vigilâncias todas atualizadas e bem instruídas. O Ministério da Saúde já começou a dar os primeiros passos para preparar os profissionais da Saúde. A Covid-19 nos ensinou que devemos estar preparados e com fluxos de atendimentos eficazes para qualquer possível risco”, destacou, adiantando que haverá uma reunião semana que vem entre aeroportos, Vigilância e Petrobras.

Protocolos sanitários aeroportos da região

A Região da Costa do Sol conta com três aeroportos, Macaé, Cabo Frio e Búzios. O Aeroporto de Cabo Frio recebe voos comerciais de passageiros das empresas Azul e Gol, voos comerciais de carga da Latam, voos internacionais fretados de passageiros e carga, além de aviação geral (voos particulares) e offshore (voos de helicópteros para as plataformas de petróleo). Está habilitado a operar grandes aeronaves cargueiras e de passageiros, com capacidade de movimentação de 570 mil passageiros por ano.  A administradora disse que a empresa tem seguido todos os protocolos sanitários designados pela Anvisa desde o início da pandemia.

Aeroporto de Cabo Frio. Foto divulgação.

 Em Búzios, o Aeroporto Umberto Modiano é privado, não tem operações regulares e os critérios de segurança atende às determinações estaduais e municipais ligados às secretarias de saúde. Segundo a administradora, o movimento é muito reduzido e não tem acúmulo de pessoas. A média mensal varia de 50 a 80 operações, dependendo da época do ano e das atividades realizadas no município. A pista tem capacidade para até 26 aeronaves simultaneamente e apta a receber voos de pequeno porte, como jatos executivos, táxis aéreos e helicópteros.

Aeroporto de Búzios. Foto divulgação.

O Macaé Airport é reconhecido como referência no país no ramo offshore, atendendo centenas de unidades marítimas na Bacia de Campos. Só em maio deste ano atendeu 23.371 passageiros de embarque e desembarque em 2.693 aeronaves. O aeroporto foi questionado pela reportagem de como está sendo o protocolo sanitário, mas até o fechamento da matéria não houve resposta.

 Monkeypox em vez de varíola dos macacos

Um dos sintomas são essas bolhas e feridas na pele, que coçam e doem. Foto Reprodução Internet.

Uma orientação dos órgãos sanitários, segundo Andreia Nogueira é evitar falar “varíola do macaco” e optar pelo monkeypox, para evitar que a população mate os animais. Lembrando que a varíola de macaco é uma doença pouco conhecida porque a incidência é maior na África.

A transmissão do vírus SARS-CoV-2 ocorre por contato físico direto com a pessoa doente ou material contaminado, e sempre que houver exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória. Os sinais e sintomas apresentados em pacientes contaminados até o momento foram febre, gânglios inflamados e erupção na pele de início súbito que se espalha pelo corpo a partir da face.

Casos confirmados da doença no Brasil

Os pacientes diagnosticados na terça pelo Ministério da Saúde são homens, com histórico de viagem para Europa. Eles estão estáveis, sem complicações, sendo monitorados pela Secretaria de Saúde do Estado. Os outros casos são dois no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro, um na capital e um em Maricá, cidade da área de cobertura da Prensa.

brasileiro varíola do macaco
O primeiro brasileiro com a doença recebeu alta na segunda-feira (20). Crédito: Reprodução/Instagramandersonribeiro_sp

O paciente de Maricá é homem, tem 25 anos e está sendo monitorado pelo Instituto Nacional de Infectologia e pelas secretarias de Saúde do Estado e Município. Segundo o comunicado do MS, ele não apresenta histórico de viagem para o exterior, mas relata contato com estrangeiros.

A Prensa perguntou à Prefeitura de Maricá sobre o estado de saúde do paciente, se continua em isolamento e monitorado pelas secretarias de Saúde municipal e estadual e aguarda retorno.

O brasileiro que estava internado com a varíola do macaco no Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, recebeu alta médica nesta segunda-feira, 20. Anderson Aparecido Ribeiro, de 41 anos, ficou internado por duas semanas após voltar de uma viagem pela Europa com a mãe. Os dois estiveram em  Portugal e Espanha, locais onde a doença se alastrou.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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