Dando prosseguimento nas manifestações dos alunos, funcionários e professores contra o possível fechamento do Colégio Municipal Paulo Freire, em Búzios, nessa quinta-feira (25), foi a vez de atos na Câmara dos Vereadores com a Audiência Pública. No local, professores, alunos e pais se juntaram à vereadores para decidirem o que ser feito na situação. Os vereadores e membros da Comissão de Educação, Adiel, Miltinho e José, compareceram e coordenaram a audiência.
Adiel explicou o motivo da audiência pública. “Na última terça-feira (23) estávamos reunidos na sessão eis que um membro solicitou que nos reuníssemos para tratar de um assunto tão sério que é a educação de Búzios. Que é tão importante para os alunos do Ensino Médio”, disse.
Segundo a Comissão de Educação da Câmara, toda a cidade foi convidada a comparecer e tinha a expectativa do prefeito André Granado aparecer, o que não aconteceu. A audiência teve a duração de duas horas com palavras de professores, como a Denizze Alvarenga e a Luisa Barbosa, alunos e pais. A Comissão de Educação da Alerj teve presente na audiência, o que gerou bastante euforia dos convidados, que teve de ser contidos pelos representantes da Casa Legislativa Municipal.
A vereadora Gladys informou que a secretária de educação, Deise, recebeu um oficio sobre a ação e pediu a palavra. “Algum representante ou a secretária de educação está presente no local? Eles receberam o ofício”, perguntou. Ao serem chamados, nenhum representante da educação municipal compareceu.
A representante dos estudantes, União Municipal dos Estudantes de Armação dos Búzios (Umeab), revelou algumas denúncias dos alunos e falou “o governo municipal não faz nada pela educação. E alguns alunos não querem mais estudar, muitos têm filhos e trabalham o dia todo. Ta tendo muita evasão escolar com a o fim dos turnos noturnos”, falou.
Muitos pais alegaram que não conseguem informações concretas da prefeitura, que não conseguem respostas sobre a situação da educação no município. Adiel lamentou profundamente o não comparecimento de representantes da Secretaria de Educação, Conselho Tutelar e diretores da unidade estadual de ensino João de Oliveira Botas, pra onde os alunos seriam remanejados.
Ao fim da audiência, vereadores e representantes se reuniram em uma sala para organizarem uma solução. Passados alguns minutos, a audiência foi suspensa. O Prensa procurou a Câmara para saber os motivos da suspensão e até o fechamento desta edição não obtivemos resposta!
Erramos: (editado – 16h/ 26-01-2017) A sessão não foi suspensa. Houve uma pausa e depois retornou.
Edit 16h30 – A audiência pública resultou em uma deliberação da Câmara de Vereadores.
1- Contra o fechamento de turmas e turnos na rede municipal.
2- A comissão de Educação e os vereadores que assim quiserem assinarão o Manifesto Paulo Freire contra o encerramento de turmas e turnos na rede municipal. Vereadores Dida, Gladys e Niltinho já assinaram. O vereador Lorran se recusou a assinar. de acordo com ele, provisoriamente.
3- Os vereadores intermediarão uma reunião com o prefeito , se possível nesta sexta-feira (26), com os representantes aprovados na audiência.
4-No caso de impasse, a comissão de educação solicitará uma audiência com o Ministério Público para judicializar o processo.