O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrastou uma multidão pelas ruas de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira (11/10), em sua primeira agenda de campanha no Rio após o primeiro turno das eleições. Lula fez uma carreata pelas ruas da cidade, cumprimentou moradores e seguiu para um ato no campo de Heliópolis, acompanhado de aliados de diversos partidos, dentre eles o prefeito da cidade e presidente estadual do União Brasil, Waguinho, e da deputada federal mais votada do estado, Daniela do Waguinho (União), reeleita com mais de 200 mil votos. Também estavam o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.
No palanque, Lula se disse emocionado por estar na Baixada Fluminense e por receber o apoio de políticos locais.
“Já fiz discursos em mais de 190 países, para milhões de pessoas. Mas hoje estou emocionado porque estou na Baixada Fluminense, porque fui convidado por um prefeito e por uma deputada que enfrentaram muitas pressões porque iriam me receber”, disse em referência a Waguinho e Daniela.
Lula também destacou as obras e os programas sociais implementados na cidade durante os governos petistas: foram mais de 42 mil famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, 12.700 casas pelo Minha Casa, Minha Vida, mais de 1400 alunos entraram na universidade através do FIES e do ProUni, 65 farmácias populares foram criadas, 98.500 pessoas recebiam medicamentos gratuitamente na cidade, 30 profissionais do Mais Médicos vieram para Belford Roxo, 37 programas do Saúde da Família foram criados e uma UPA foi inaugurada. A cidade também ganhou o novo campus da IFRJ e mais de 16.500 postos de trabalho foram criados.
“Tudo isso foi feito no nosso governo. Eu desafio alguém que vai votar no Bolsonaro a encontrar um tijolo que ele colocou nessa cidade. Ele é mentiroso! Ele anda distribuindo material dizendo que faz as coisas, procurem as coisas que ele faz para saber se ele faz de verdade”, criticou o ex-presidente.
A Baixada Fluminense como um todo teve grandes avanços durante os governos petistas, como lembrou o deputado André Ceciliano, natural de Nilópolis e prefeito de Paracambi por dois mandatos. Ao todo, mais de 250 mil famílias da Baixada foram beneficiadas pelo Bolsa Família e mais de 60 mil moradias foram contratadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
“Presidente Lula, o povo da Baixada te ama. Porque sabe que, quando o senhor governou, a Baixada teve o Minha Casa, Minha Vida, teve escolas técnicas, teve o Mais Médicos. É isso que a gente quer trazer de volta”, clamou.
Lula e as igrejas
Evangélico, o prefeito Waguinho destacou a boa relação que Lula sempre teve com os religiosos. Como presidente, Lula sancionou a Lei de Liberdade Religiosa, que garantiu o direito da abertura de igrejas no país, além das leis que criaram o Dia do Evangélico e o Dia da Marcha para Jesus.
“Estão tentando fazer uma lavagem cerebral nos evangelicos. O presidente Lula nunca esteve contra a igreja na face da Terra quando foi presidente. Ele nunca fechou uma igreja, pelo contrário. O presidente Lula nunca deixou de estender a mão para as igrejas brasileiras, todos os pastores foram até o presidente Lula e ele nunca deixou de atendê-los”, disse o prefeito.
“O Lula é o único presidente do país que veio aqui em Belford Roxo, por duas vezes. Entrem nessa luta conosco, mas coloquem a alma, o coração e o espírito, pra gente derrotar esse governo ditador e trazer de volta a democracia”, completou.
A deputada Daniella do Waguinho reforçou a importância de converter os eleitores que votaram nulo ou se abstiveram no primeiro turno. Ela também destacou a personalidade agregadora do ex-presidente.
“Lula, além da experiência enorme que ele tem, ele gosta de gente. Ele faz uma política de resultados, humanizada, que respeita e quer dar oportunidade para as pessoas. Não vamos permitir que o Brasil viva mais quatro anos do que estamos vivendo, um país onde a fome já atingiu mais de 33 milhões de pessoas”, disse a deputada. “ A gente sabe que o Lula tem esse perfil, de agregar, de dar atenção, de conversar. No nosso primeiro encontro eu percebi isso. Ele é diferenciado. É nele que o Brasil precisa votar com força”, completou.