Nessa última segunda-feira (29), o ator Jiddu publicou em sua rede social que um homem mostrou uma arma de fogo para alunos do curso Oficena, em Cabo Frio. “Por volta de 22h30, um homem mostrou uma arma para alunos do Oficena gritando o nome do Bolsonaro. Este mesmo homem passou por nós, um outro grupo logo atrás e estava utilizando um colete militar. Peço às autoridades de Cabo Frio que convoquem a polícia para fazer ronda e proteger a saída dos alunos do teatro. A situação pareceu grave”, escreveu o artista em sua conta.

Segundo a PM, não há registros ou informações sobre a suposta aparição do homem armado no entorno do Teatro Municipal.

Casos de homofobia são registrados na Região dos Lagos

No mês de outubro a redação do Prensa recebeu algumas denúncias com tom de radicalismo na Região dos Lagos. O Pedro Henrique e Cláudio, casal homoafetivo que mora em Búzios, percebeu uma mudança no comportamento das pessoas que têm se mostrado mais intolerantes desde o início das eleições, e contaram pelo que tem passado: “Eu e meu namorado estávamos no ponto de ônibus, no Centro, como sempre ficamos. Com roupas normais, comportamento absolutamente normal. Um homem olhou pra nós e agressivamente começou gritar termos homofóbicos e de referência ao candidato do PSL. Iniciou-se uma discussão, a troco de nada” contam eles. “Se o Bolsonaro ganhar, estamos cogitando nos mudar para Portugal. É perigoso conviver com tanta intolerância” lamenta o casal.

Outro caso registrado pelo Prensa aconteceu em Cabo Frio, que registrou, no mês de outubro, mais um ataque homofóbico e movido à razões políticas. Fato que acabou sendo registrado nas redes sociais. Théo Silveira é um homem trans e presidente da ONG Arraial Free, que atua na defesa dos direitos da comunidade LGBT da cidade. Théo conta que estava indo junto a um amigo participar da parada do Orgulho LGBT em Araruama quando se deparou com uma carreata política à favor candidato do PSL Jair Bolsonaro. Num primeiro instante, pensou em prosseguir para evitar conflitos, quando percebeu que estava sendo ofendido verbalmente e que manifestantes estavam simulando jogar “água benta” neles. Um homem com a camisa do presidente eleito se aproximou e começou a insinuar: “É menino ou menina?”.