A Prefeitura de Armação dos Búzios vai realizar duas audiências públicas, nos próximos dias 21 e 28 de dezembro, das 9 às 12h, na Câmara Municipal, para tratar da criação de um Monumento Natural (MONA) na região que abrange a encosta rochosa entre as praias de João Fernandes e Brava. A informação foi divulgada com exclusividade à reportagem da Prensa pelo secretário municipal do Ambiente e Urbanismo, Evanildo Nascimento.

De acordo com o secretário a proposta do governo municipal é criar uma Unidade de Conservação, com o intuito de proteger a parte geológica que fica ao fim da Praia de João Fernandes; passando pela encosta da Praia de João Fernandinho em direção ao mar, incluindo a rua; chegando ao costão esquerdo da Praia Brava. Evanildo afirma que, apesar do MONA garantir proteção àquele ecossistema, possui dispositivos que permitem a exploração sustentável da Unidade de Conservação.

“Na verdade, tendo em vista a beleza cênica, paisagística, e a parte de vegetação e de fauna e a condição geológica bem raras, que a gente tem em todo aquele costão e o MONA é interessante porque a gente pode criar um trade turístico, com o ecoturismo naquela região”, antecipa o secretário.

O Monumento Natural é uma categoria de Unidade de Conservação de proteção integral definida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Essas unidades são criadas com a finalidade de preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.

MANGUE DE PEDRA PODE VIRAR MONA

Foco da preocupação de ambientalistas e protetores, o Mangue de Pedra, situado na Praia da Gorda, na Rasa, é protegido por força de um Decreto Municipal de 2018,que o tornou uma Área de Proteção Ambiental (APA). Questionado sobre o assunto, o secretário do Ambiente e Urbanismo, Evanildo Nascimento admitiu a possibilidade de converter aquela Unidade de Conservação de APA para Monumento Natural (MONA).

“Sim, há a possibilidade de criarmos em uma Unidade de Conservação da categoria proteção integral fazendo as revisões necessárias. O grande risco hoje do Mangue de Pedras é exatamente o crescimento dos bairros do entorno. Então se criarmos uma Unidade de Conservação que cerque fisicamente a área, e acerte com desapropriação, é claro, as propriedades privadas, poderemos garantir a manutenção e longevidade saudável do ambiente”, declarou.