Situado em posição de relevância no cenário nacional em termos econômicos e logísticos, em razão do mercado de óleo e gás, o município de Macaé está muito próximo de fortalecer essa condição, com a implantação do novo Terminal Portuário (Tepor), que terá investimentos da ordem de R$ 10 bilhões. Nesta semana, foi concluída uma etapa decisiva do complexo processo de autorização, com a entrega da declaração de Terminal de Uso Privado (TUP) pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq).
A autorização pela Antaq faz parte da etapa final de legalização do empreendimento, que já concluiu também todas as etapas de licenciamento ambiental. Com a resolução da parte burocrática, o início das obras deve ocorrer em março. A notícia foi celebrada pelo Governo Municipal, que não vai participar da gestão do Tepor, cuja administração será inteiramente privada.
“O Tepor já é reconhecido pelo mercado como um dos principais projetos portuários do país. A TUP reforça a viabilidade dos investimentos que já estão sendo consolidados, através da assinatura de contratos. O início da construção do nosso novo porto é previsto para este ano de 2023 e vai marcar este novo ciclo de prosperidade da nossa cidade”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Macaé, Rodrigo Vianna.
O otimismo não é por acaso. A implantação da nova infraestrutura traz consigo a previsão da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) de abertura de cerca de dois mil empregos diretos e indiretos, para diversas áreas, como construção civil, metalmecânica, elétrica e eletrônica.
Segundo a Prefeitura, o Tepor oferece infraestrutura que atende a demanda do mercado offshore nacional, assegurando operações de logística e armazenagem para as empresas que atuam nas etapas de exploração e produção de petróleo e gás nas Bacias de Campos e de Santos.
Entusiasta do projeto e figura pública atuante em Macaé, o ex-vereador Maxwell Vaz comemorou o avanço nas tratativas em suas redes sociais.
“Sem dúvidas, [a implantação do Tepor] reforçará a economia, por meio da atividade offshore petroleira, assegurando o desenvolvimento nacional, do Estado do Rio de Janeiro e de Macaé. Também parabenizo os empreendedores, que superam as dificuldades, os ataques geopolíticos e acreditaram em Macaé e no seu povo”, escreveu.
A previsão é que o Tepor tenha um terminal marítimo para movimentação de petróleo; e outro multiuso para movimentação de granéis líquidos, apoio offshore e unidade flutuante de regaseificação de GNL; além de uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) com 60 milhões m³/dia de capacidade; terminal de armazenamento de combustíveis; e terminal de armazenamento de petróleo.