O Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), formado pela direção da Federação e por representantes de todos os sindicatos filiados, rejeitou a segunda contraproposta de Acordo Coletivo que foi apresentada nesta terça-feira (19) pelo Sistema Petrobrás, acesse por meio deste link a proposta. O Conselho indicou a realização imediata de reuniões temáticas entre a FUP e o RH da Petrobrás, buscando avanços na negociação do Acordo Coletivo.
A FUP enviou a empresa um documento que cobra a realização de cinco reuniões específicas de negociação, com os representantes da entidade e sindicatos que já vinham discutindo questões relativas à AMS, ao Banco de Horas, à HETT/Tabelas de Turno, ao Teletrabalho, à SMS e outros temas. De acordo com o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, o objetivo é iniciar imediatamente as reuniões temáticas, em modo online, para assim buscar na mesa negociação as principais reivindicações que foram aprovadas na plenária da Federação.
Segundo a Federação, a nova contraproposta apresentada pela Petrobrás é praticamente a repetição da primeira proposta que também foi rejeitada por unanimidade na grande maioria das bases. Diante da situação o Conselho Deliberativo aprovou a realização de assembleias até o dia 31 de julho, para aprovar um calendário permanente de mobilização durante o processo de negociação, entre outros encaminhamentos.
A categoria continua em estado de greve e de assembleia permanente. Os principais pontos da pauta de reivindicações protocoladas pela FUP, são: Reposição da inflação e das perdas salariais dos últimos acordos; Garantia no emprego; Resolução dos pontos soltos do ACT (fórum de efetivos, teletrabalho, HETT, banco de horas, tabela de turno, AMS); Restabelecimento do Fundo Garantidor para proteção dos direitos dos trabalhadores terceirizados; Realização de um Fórum Nacional para discutir a terceirização no Sistema Petrobrás; Resgate da AMS (garantia da margem consignável de 13%, restabelecimento da relação de custeio 70×30, buscar uma alternativa para o atual índice de reajuste das tabelas); Valorização da função dos brigadistas e fortalecimento das brigadas; Exames periódicos para prevenção das sequelas decorrentes da Covid-19; Garantia incondicional do Direito de Recusa; Licença paternidade de 60 dias; Proteção das trabalhadoras lactantes, com afastamento das áreas insalubres pelo tempo em que estiver amamentando; Defesa da Petros; Garantia da liberdade sindical.