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Apenas 15% dos cargos de chefia no mundo são ocupados por mulheres

Imagem ilustrativa: Agência Brasil

As mulheres ganham, a cada dia, mais espaço no mercado de trabalho. A afirmação é feita por inúmeras pesquisas ao redor do mundo. No entanto, mesmo com esse aparente nível  ascensão, as mulheres ainda não ocupam a mesma parcela do mercado de trabalho que os homens, principalmente nos altos cargos. Segundo um levantamento feito pela Deloitte chamado “Women in theBoardroom” (Mulheres nas salas de reunião, em tradução livre), em todo mundo, apenas 15% das mulheres ocupam assentos em cargos de chefia. Quando somente o Brasil é levado em conta, esse indicador cai drasticamente para 7,7%.

Mesmo que os números ainda muito longe do ideal, o levantamento aponta um crescimento, mesmo que discreto, quando comparado com o último indicador divulgado em 2015, em que o percentual de mulheres em cargos de chefia era de 12% no mundo.

Um estudo feito com mil profissionais pela empresa MindMiners. Quase metade das mulheres entrevistadas contaram que já foram rejeitadas em uma seleção de emprego por serem mães ou terem manifestado desejo de engravidar. De acordo com a pesquisa 37% das mulheres acreditam que já perderam alguma chance de promoção por causa da maternidade.

Conforme o ministério do Trabalho, a maioria das pessoas com Ensino Médio completo ou Superior incompleto, são mulheres 39,1%. Apenas 33,5% dos homens se enquadram nessa posição. O que demostra a busca feminina por tentar por conta própria, e através de qualificação,  diminuir o abismo da desigualdade de oportunidades.

Dois  personagens antagônicos mostramo que pensam da mulher 

(Apuração da revista Crescer)
 Bolsinaro, deputado federal, e Patricia Arquette, vencedora do Oscar (Foto: Divulgação)

Quando subiu ao palco para receber o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em Boyhood, em 2015, a atriz Patricia Arquette fez um discurso que rendeu aplausos calorosos, principalmente da parte feminina da plateia – composta por estrelas como Meryl Streep e Jennifer Lopez. “[Dedico] a toda mulher que já deu à luz, todo cidadão que paga impostos, nós lutamos pelos direitos de todo mundo. É nossa vez de ter salários igualitários para todos e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos”, declarou a americana.

Na contramão, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) deu uma entrevista, no mesmo ano, ao jornal gaúcho Zero Hora, dizendo que pensa diferente. Para ele, eleito com o maior número de votos nas últimas eleições, não é justo a mulher ganhar igual ao homem, já que ela engravida. “Eu sou liberal. Defendo a propriedade privada. Se você tem um comércio que emprega 30 pessoas, eu não posso obrigá-lo a empregar 15 mulheres. A mulher luta muito por direitos iguais, legal, tudo bem. Mas eu tenho pena do empresário no Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário pensa? “Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade…” Bonito pra c…, pra c…! Quem que vai pagar a conta? O empregador. No final, ele abate no INSS, mas quebrou o ritmo de trabalho. Quando ela voltar, vai ter mais um mês de férias, ou seja, ela trabalhou cinco meses em um ano”, disse Bolsonaro.

Em resposta ao jornalista, que perguntou qual seria a solução, o deputado continuou: “Por isso que o cara paga menos para a mulher! É muito fácil eu, que sou empregado, falar que é injusto, que tem que pagar salário igual. Só que o cara que está produzindo, com todos os encargos trabalhistas, perde produtividade. O produto dele vai ser posto mais caro na rua, ele vai ser quebrado pelo cara da esquina. Eu sou um liberal, se eu quero empregar você na minha empresa ganhando R$ 2 mil por mês e a Dona Maria ganhando R$ 1,5 mil, se a Dona Maria não quiser ganhar isso, que procure outro emprego! O patrão sou eu”.


Foto de capa -Agência Brasil 
Texto e apuração da equipe do Prensa. É permitido a republicação com citação da fonte

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Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

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