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Estudiosos do pintor Vincent Van Gogh apontam que não se suicidou e nem cortou a orelha devido a distúrbios mentais -

 

Estudiosos do pintor   Vincent Van Gogh apontam que não se suicidou e nem cortou a orelha devido a distúrbios mentais -
A imagem que ilustra o texto é o auto retrato do pintos Vincent Van Gogh. Estudiosos do pintor  apontam que não  cortou a orelha devido a distúrbios mentais e sim por ciumes 

O ciúme é um dos piores sentimentos humanos. Ele não pode estar vinculado ao amor porque simplesmente é o reflexo de muitas coisas que temos de ruim: vaidade, orgulho, possessão, tentativa de manipulação e exercício do poder (no significado weberiano da produção da obediência). O ciúme é a tentativa de restringir o semelhante às atividades que não ofereçam perigo ao ciumento. Por isso mesmo, o ciúme busca restringir-lhe o campo de ação social, reduzindo suas perspectivas de vida àquilo que ofereça segurança ao ciumento.

Obviamente, há níveis de intensidade no ciúme. Ele pode ir da leve insatisfação que temos com a atenção dada a um terceiro – e isso pode servir para diferentes relações com amigos, familiares ou até animais domésticos -, até os níveis mais macabros de paranóia obsessiva. Mas em todos esses casos, o ciúme é fruto de diferentes níveis de egoísmo. O ciúmes reflete no máximo o “amor” que temos por nós mesmos.

O ciúme também é provocado pelas fantasias que temos em relação ao outro, pelo papel que imaginamos que ele deva ter numa relação conosco. O ciúme, nesse sentido psicanalítico, é fruto de nossas invenções mentais.

Logo, o ciúme nada tem a ver com o amor. O amor na relação entre parceiros, entre pais e filhos ou entre amigos tem (ou pelo menos deveria ter) relação com o sentimento da felicidade que queremos produzir no ser amado, com a preocupação com seu bem estar, com a admiração que possuímos por ele, com a sensação de satisfação que temos em simplesmente estar a seu lado. O amor é o oposto do egoísmo porque o amor é dádiva, é uma doação, é uma ação positiva em prol de alguém, mesmo que essa ação produza em nós a sensação da paz de consciência. O amor é caridade. O amor tem relação com a anulação do Eu, e não com a sua exacerbação. O amor tem relação com a liberdade e não com o cárcere. O amor é liberdade.

Amor não é paixão, embora elas possam, em alguns casos, estar sadiamente relacionadas. A paixão está mais próxima da obsessão, da fissura desmedida, do vício. Por isso mesmo, a paixão muitas vezes pode estar atrelada ao ciúmes doentio. O amor é calmo, a paixão é agitada. O amor é saúde, a paixão é doença.

Resumindo essa falação toda: se você possui um parceiro(a) que seja ciumento, não relacione esse ciúme com o amor que ele(a) possui por você, mas, o contrário disso, com a excessiva auto-valorização do seu parceiro na relação. Ele(a) se acha tanto que não admite que você tenha espaço para outras coisas na sua vida. Ele(a) quer limitar seu horizonte, oprimi-lo(a), reduzir seus caminhos, e você que se dane, pois o importante é a segurança afetiva que ele(a) quer sentir. Sua felicidade nesse mundo não importa para ele(a). Ele (a) quer a sua submissão.

Chicão é Mestre e Doutor em História social pela UFRJ. professor concursado do estado e da prefeitura de Búzios, além de produtor cultural Chicão é Mestre e Doutor em História social pela UFRJ. professor concursado do estado e da prefeitura de Búzios, além de produtor cultural
Chicão é Mestre e Doutor em História social pela UFRJ. professor concursado do estado e da prefeitura de Búzios, além de produtor cultural
Chicão é Mestre e Doutor em História social pela UFRJ. professor concursado do estado e da prefeitura de Búzios, além de produtor cultural

Eu sou ciumento, mas busco ser cada vez menos. Luto muito contra meu ciúme porque ele é fruto daquilo que quero anular totalmente em mim um dia: meu egoísmo e meu orgulho. Destruir meu ciúme faz parte do processo de auto-evolução espiritual, moral e ético que me impus como objetivo nessa vida.

 

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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