A defesa do professor Lucas Bernardes, preso preventivamente em Búzios sob a acusação de assédio em uma escola municipal, rebateu a versão de que o investigado teria tentado fugir ou evitado se apresentar à polícia. Segundo o advogado Carlos Vinícius Porto, o cliente estava residindo no mesmo endereço, foi formalmente intimado e demonstrou colaboração com as autoridades desde o início das investigações.
“Lucas nunca se escondeu. Ele permaneceu morando no mesmo lugar, recebeu a intimação por telefone, confirmou o recebimento e o comparecimento para prestar depoimento”, afirmou o advogado, que apresentou uma troca de mensagens com o professor como prova de que havia disposição para se apresentar. “Na sexta-feira anterior à prisão, ele me encaminhou a notificação que recebeu da delegacia, confirmando que iria depor na quinta. Nada disso de fuga. Essa narrativa é falsa”, completou.
A defesa sustenta ainda que o educador chegou a comparecer à Secretaria Municipal de Educação em momento anterior à prisão, o que, segundo o advogado, reforça que não havia nenhuma intenção de se esconder.
“Essa narrativa de fuga foi construída, possivelmente, para justificar a prisão. Mas não corresponde à realidade. Lucas estava pronto para se defender legalmente, com os meios e prazos garantidos pela Justiça”, completou.
A prisão de Lucas Bernardes aconteceu na semana passada, após a Polícia Civil abrir inquérito para apurar as denúncias de assédio sexual contra alunas da rede municipal. As investigações continuam sob responsabilidade da Delegacia Búzios e seguem sob sigilo.