Morreu nesta sexta-feira (29), a empresária e artista Brigitta. O velório e sepultamento ainda não foram divulgados.
Nascida na cidade de Karlovy Vary, na então Tchecoslováquia, Brigitta foi criada na Baviera, na Alemanha, e teve uma vida marcada por uma impressionante trajetória internacional. Na juventude, viveu em Paris e, mais tarde, em Tóquio, onde aprendeu a falar japonês. Casou-se em Joanesburgo, na África do Sul, de onde partiu rumo aos trópicos. Subiu o Rio Amazonas até o Peru, cruzou os Andes, passou pelo Chile e pela Argentina, morou no Rio de Janeiro e, por fim, escolheu Búzios como lar definitivo.
A partir da década de 1980, Brigitta se tornou uma figura marcante na Rua das Pedras ao comandar por anos um restaurante que se tornou referência não apenas pela gastronomia, mas também pela diversidade e inclusão. Foi pioneira ao promover shows de drag queens e manter, durante todo o ano, a bandeira do arco-íris hasteada em seu estabelecimento, deixando claro que a comunidade LGBTQIA+ era bem-vinda.
Após encerrar as atividades do restaurante, Brigitta manteve um charmoso ateliê em sua casa no bairro dos Ossos, onde continuou a expressar sua sensibilidade artística.
Brigitta é um dos muitos exemplos de estrangeiros que contribuíram para a construção da imagem cosmopolita e acolhedora de Búzios. Sua presença, visão de mundo e espírito livre deixam uma marca indelével na história da cidade.