Búzios tem enfrentado um desafio nas últimas semanas: a gestão do lixo. Com o aumento expressivo de turistas e residentes durante a temporada de verão a quantidade de resíduos sólidos urbanos espalhados pelas ruas tem chamado a atenção.
Mesmo com a implantação da Estação de Transferência de Resíduos Sólidos Urbanos (ETR), a coleta de lixo na cidade não tem sido suficiente para lidar com o volume produzido. Dados da Prefeitura revelam que, desde dezembro, estão sendo recolhidas em média de 60 a 80 toneladas de lixo diariamente. Na baixa temporada, esse número oscila em média até 30 toneladas, mas dependendo do final de semana, mais que dobra. A média anual é de 60 toneladas. Somente na semana do Réveillon, foram coletadas 760 toneladas em toda a cidade.
O cenário se torna evidente em vários pontos do município, com acúmulos de lixo visíveis em esquinas e ruas, conforme relatado por diversos moradores à Prensa.
O secretário de administração, Anderson Chaves, destacou a demanda histórica de produção de lixo na região.
“Nesta terça-feira (10), por exemplo, apenas no bairro de Cem Braças, foram coletadas 22 toneladas de resíduos. Esse verão, do dia 15 de dezembro para cá, a cidade só vive lotada. Passamos a ter uma demanda muito maior do que o histórico, o que interfere na qualidade da coleta. A situação evidencia um problema que estamos enfrentando desde o início da alta temporada”, disse.
O Secretário enfatiza a necessidade de uma gestão mais eficiente dos resíduos, especialmente em estabelecimentos que são grandes geradores, como casas que promovem eventos e shows. Ele afirma que estão sendo colocados mais caminhões na rota, mas ressalta a importância da colaboração da população na educação ambiental.
“Estamos elaborando e vamos propor ao prefeito que é preciso colocar em prática o quanto antes uma gestão de resíduos para alguns estabelecimentos na cidade que são grandes geradores. As casas que promovem eventos e shows têm que ter um serviço de coleta separado. Estamos colocando também mais caminhões na rota e com as ações. Não vamos conseguir dar conta se a população não ajudar na educação ambiental”, conclui o secretário.