Em dois meses de trabalho, 90 residências saíram da irregularidade e efetuaram as ligações nas redes separativas
Com 14 hectares de área, o Parque Municipal Lagoa de Geribá, em Búzios, sofre com o lançamento de esgoto provocado pelo crescimento imobiliário ao redor da Unidade de Conservação Ambiental Lagoa de Geribá, em Manguinhos. Muitas pessoas em seu entorno resulta no aumento do volume de esgoto despejado. Mas, há dois meses, as Secretarias de Obras, Saneamento e Drenagem e do Ambiente, Pesca e Urbanismo iniciaram um trabalho de despoluição não só da lagoa como também das praias. As pastas implantaram ações em conjunto para agilizar as ligações domiciliares de esgoto à rede separativa, que antes era despejando nas redes pluviais.
Segundo o vice-prefeito e secretário de Obras, Miguel Pereira, os fiscais da Secretaria do Ambiente notificaram as residências que não possuíam rede separativa. O trabalho na Lagoa de Geribá alcançou até o momento 90 residências no entorno da lagoa, ou seja, 21 mil litros de esgoto por dia deixaram de ser lançados no local, isso na baixa temporada, contando apenas com duas pessoas em cada residência; e 146 no Centro da cidade que também estavam com as ligações irregulares.
“Com isso alcançamos 236 residências que jogavam seus esgotos no mar. Somando tudo isso, alcançamos um total de 112 mil litros diários de esgoto que não poluem mais nossas lagoas e praias. As ações de fiscalizações continuam ocorrendo diariamente nos bairros”, disse Miguel.
Desde a transformação da Lagoa de Geribá em unidade de conservação, em 2004, pelo então prefeito Mirinho Braga, entidades e profissionais engajados em causas ambientais lutam para que o local seja preservado. Em 2016, a concessionária de água e esgoto da cidade, a Prolagos, iniciou o serviço de esgotamento sanitário por meio da rede separadora de esgoto. À época, foram investidos R$ 5,2 milhões na implantação de 5,8 quilômetros de rede exclusiva no entorno da Lagoa.
Para eficácia do novo sistema era preciso que a população se conectasse à nova rede coletora para evitar que os resíduos provenientes de banheiros e residências fossem lançados diretamente na malha de drenagem pluvial, e, assim, evitasse o transbordamento em períodos de fortes chuvas, o que acabaria lançando os dejetos irregularmente na Lagoa de Geribá. Em 2021, a falta de conscientização ainda é evidente e segue comprometendo a saúde do leito. Ligações clandestinas ainda são identificadas pela Prefeitura constantemente.
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