Aproximadamente 100 quilos de carne de caça de animal silvestre foram apreendidos pelas autoridades no local
Um abatedouro clandestino de animais silvestres foi flagrado na Rua Sinagoga, Distrito de Tamoios, nesta quarta-feira (11). Uma denúncia anônima foi feita aos agentes da Comissão especial de Fiscalização e Demolição, durante uma ação de retirada de parcelamento irregular do solo na localidade conhecida como Lava Rodas, que fica na área do Parque Natural Municipal do Mico-Leão-Dourado. Esta comissão é constituída pela Coordenadoria de Assuntos Fundiários e pela Secretaria do Meio Ambiente.
Após a ação de retirada, os agentes foram até a Rua Sinagoga investigar uma denúncia de construção irregular sobre um canal natural de escoamento do Rio Gargoá. Neste local, os fiscais encontraram cartuchos deflagrados de armas de caça. O coordenador de Assuntos Fundiários, Ricardo Sampaio, acionou a Unidade de Policiamento Ambiental (UPAM) e solicitou à proprietária da casa que uma revista fosse feita no imóvel.
Com a autorização de revista, os agentes encontraram no local um rifle calibre 22, uma espingarda calibre 36 e uma espingarda de ar comprimido modificada, 16 cartuchos deflagrados e cinco intactos. Foi descoberto também, 12 peças de roupa camuflada para caça, seis facões, gaiolas, redes e armadilhas. Dentro de um freezer, foi achado cerca de 100 quilos de carne de animais silvestres, como paca, lagarto e gambá. Segundo a Prefeitura de Cabo Frio, a carne apreendida será inutilizada após análise.
O coordenador de Assuntos Fundiários Ricardo Sampaio, acredita que a casa funcionasse como uma espécie de abatedouro de animais silvestres. De acordo com ele, a proprietária confirmou que o marido era caçador e, no momento da revista, dois patos silvestres estavam sendo depenados. Segundo o coordenador, o marido da dona da casa foi por ela ao telefone, mas não quis comparecer ao local. Por este motivo, foi dada voz de prisão a ela, que foi encaminhada à 126ª Delegacia de Polícia, em Cabo Frio.
Para fazer denúncias de invasões e crimes ambientais, basta entrar em contato pelos e-mails [email protected] e [email protected]. O anonimato é garantido.