Search
Degradê com CSS
Foto site Trivela
Foto site Trivela

 

Foto site Trivela

Senegal, país da Costa Atlântica Africana. Aproximadamente com 13 milhões de habitantes, tendo o futebol como um dos seus principais esportes. A sua seleção de futebol classificou-se para Copa da Rússia com 11 pontos, absoluta no grupo que tinham as seleções de Burkina Faso, Cabo Verde e África do Sul. Tem como um dos seus principais jogadores, o atacante Mané, jogador do Liverpool FC, time da Inglaterra.

Na copa, ganhou da Polônia em seu primeiro jogo. 2 x 1. Uns comentaristas de roteiro repetido, dizem-se surpresos por conta de uma seleção africana que tem histórico de serem times desorganizados, com o forte poder físico ganhar de uma seleção organizada, com bons jogadores, que não por acaso, é uma seleção europeia.

E um detalhe básico e talvez relevante, o técnico da seleção senegalesa é um senegalês, um africano. O único africano treinando uma seleção africana e a única a ganhar na estreia. E além disso, é o único treinador preto da Copa do Mundo e de menor salário. Seu nome: Aliou Cissé.

O treinador do Senegal começa a chamar a atenção. O time de Senegal é organizado? Sim. Tem aplicação tática? Sim. Tem técnica? Sim. É bem treinado, então, certo? Pois é, só que ele é único africano a treinar uma seleção africana e o único preto a treinar uma seleção.

A tendência é mudar, mas pense no seguinte: Um time de futebol muitas das vezes é um comparativo comportamental a partir de seu torcedor e uma seleção de futebol se tem uma comparação do seu comportamento em campo com a população ou cultura de sua nação.

As seleções africanas sempre tiveram uma análise de manual: Alegres, futebol irreverente, habilidosos, mas faltavam-lhes a famosa disciplina, a objetividade, a obediência tática. Agora como você entende um africano ou um descendente dele? Tem paralelo?

O que a seleção de Senegal mostra: Um time bem postado, com consciência tática, com bons jogadores, aliando a técnica a produtividade. Característica de um time europeu ou alguém que almeja ser europeu, como o Brasil, por exemplo. Só que é uma seleção africana e venceu um time europeu. Ah, e pode vencer outros times europeus. Por que não?

E toda essa possibilidade tem a ver com a capacidade de um africano. Capacidade intelectual, competência, conhecimento, organização e trabalho. Aliou Cissé quando chega a Rússia, se vê solitário por não ter um par, um igual para, pelo menos, dar um oi. Uma consciência na qual ele já carregava e veio disposto a encará-la.

Com a vitória sobre a Polônia, ele continua solitário, como profissional, mas se torna o ponto de reflexão naquilo que sustentamos a todo instante em qualquer instância e nem nos damos conta disso que é a desigualdade. Ele ganha simplesmente 16 menos do o técnico da seleção brasileira.

Além de ser o único técnico africano de uma seleção africana e o único preto treinador das 32 seleções, denunciando a desconfiança geral de dar cargos de comando para determinadas figuras, existe o fato se colocar o prisma sobre privilégios, favorecimentos e impossibilidades.

O futebol é apaixonante e de uma alguma forma, agregador, ainda não agrega o suficiente e nem se mostra disposto a agregar. Tampouco comove os envolvidos do espetáculo a terem uma percepção mais apurada sobre quem realmente é competente, ou qual destaque vale mais a pena dar, no território nababesco, que é a Rússia e o próprio futebol organizado pela FIFA.

Aliou Cissé continuará a ser observado. Uns terão pena, outros, ojeriza, uns farão piada e outros ficarão perplexos. Poucos analisarão sua capacidade e competência, uns entendendo e admirando e outros torcendo para que essa onda passe.

Ele continuará solitário, consciente e trabalhando. A seleção de Senegal continuará mostrando sua capacidade e as surpresas, deixa pro futebol. Do país africano que nunca teve um golpe de estado e teve como presidente Léopold Sédar Segnhor, Cissé acena para o Mundo e só não o enxerga quem não quer…


Fábio Emecê é professor, rapper e ativista. escreve sobre música aqui no Prensa

https://prensadebabel.com.br/index.php/fabio-emece/

 

 

 

 

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

Noticiário das Caravelas

Búzios Feed

As melhores experiências de Búzios em um só lugar! Descubra histórias, dicas e memórias inesquecíveis dessa cidade paradisíaca. Compartilhe seu momento e faça parte dessa viagem!

Matérias Relacionadas

Julho promete agitar Búzios com programação diversificada

Degusta Búzios 2025 abre inscrições para estabelecimentos gastronômicos até dia 5

Minifloresta é inaugurada no Jardim Guanabara e amplia áreas verdes de Macaé

Projeto propõe linha marítima entre Rio e Maricá com integração ao metrô e VLT

NOTÍCIAS DE GRAÇA NO SEU CELULAR

A Prensa está sempre se adaptando às novas ferramentas de distribuição do conteúdo produzido pela nossa equipe de reportagem. Você pode receber nossas matérias através da comunidade criada nos canais de mensagens eletrônicas Whatsaap e Telegram. Basta clicar nos links e participar, é rápido e você fica por dentro do que rola na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

Receba nossa Newsletter!